
Uma programação mais enxuta, com 250 títulos (em vez dos 450 da última edição) e mais locais de exibição, dá à edição 2016 do Festival do Rio uma nova dinâmica. “Nossa ideia é fazer uma experiência com 11 dias, ajustando a quantidade de filmes às datas e ao circuito para melhor servir o público”, diz Ilda Santiago, diretora-executiva do evento que começa na quinta-feira 6.
Segundo Ilda, o corte no número de títulos adequa o Festival aos padrões do exterior. Pela primeira vez, a programação irá para fora do circuito carioca e terá sessões em Niterói, na Reserva Cultural. “O objetivo é atender a um enorme público cinéfilo que se desloca de lá para assistir aos filmes no Rio”, diz Ilda. Outro novo endereço de exibição é o Porto Maravilha, que de sexta-feira a domingo terá sessões gratuitas às 18h e às 20h.
Entre os mais aguardados da programação estão concorrentes a uma indicação para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2017. O brasileiro “Pequeno Segredo”, de David Schurman, disputa uma vaga com a produção franco-canadense “Apenas o Fim do Mundo”, de Xavier Dolan, que traz na bagagem o Grande Prêmio do Júri de Cannes. O russo “Paraíso”, que rendeu o Urso de Prata de melhor direção a Andrei Konchalovsky, também luta para estar na lista final da academia americana.
Homenagens

Dois astros que morreram em 2016 estão entre os homenageados do Festival. “Fome de Viver” (1983) foi escolhido para lembrar o ator e cantor David Bowie, morto em janeiro desse ano. No cultuado filme sobre vampirismo, o camaleão divide a tela com Catherine Deneuve e Susan Sarandon. Já o cantor Prince, encontrado morto em abril, atua em “Purple Rain” (1984) e apresenta o disco “Sign ‘O’ The Times” no filme homônimo de 1987. Ambos fazem parte da mostra Midnight Movies.