O contrato futuro do ouro fechou em alta nesta quinta-feira, 9, e atingiu o maior nível em mais de sete anos, em meio a incertezas relacionadas ao novo coronavírus, embora haja sinais de que a pandemia possa estar desacelerando em alguns países.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para junho encerrou em alta de 4,07%, a US$ 1.752,8 a onça-troy, no maior nível desde outubro de 2012.
“Espera-se que os fatores recentes da demanda de investimento em ouro continuem, a saber, ampla incerteza de mercado e o custo de oportunidade aprimorado de reter ouro, à medida que os rendimentos dos títulos caem”, disse o gerente de pesquisa de investimento do Conselho Mundial do Ouro, Adam Perlaky.
Apesar de sinais de que alguns países podem estar chegando ao pico de casos e mortes por covid-19, a busca por segurança entre os investidores permanece. Nesta quinta, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disse que as consequências econômicas da pandemia serão as piores desde a Grande Recessão de 1929.
“A forte compra de ativos seguros pelos investidores deve garantir que o preço do ouro suba no curto prazo”, afirmou o economista de commodities Alexander Kozul-Wright, da consultoria britânica Capital Economics.