Em um jogo de chances raras, o Botafogo deu passo importante para ingressar na fase de grupos da Copa Libertadores. Com uma vitória simples sobre o Olimpia, por 1 a 0, nesta quarta-feira, no estádio do Engenhão, o time brasileiro contou novamente com a estrela de Rodrigo Pimpão para fazer o dever de casa no primeiro jogo da terceira e última fase eliminatória da principal competição das Américas.

Apesar de não ter sido um resultado elástico, o Botafogo comemorou o triunfo por ter adquirido o direito de jogar pelo empate no confronto da próxima quarta, no estádio Defensores del Chaco, em Assunção, no Paraguai. Derrota por 1 a 0 leva o jogo para os pênaltis, enquanto revés por um gol de diferença, desde que balance as redes, garante o time brasileiro na fase de grupos ao lado de Estudiantes, Atlético Nacional e Barcelona-EQU.

Após a confusão de domingo, quando um torcedor botafoguense morreu em mais um confronto entre torcedores do clube e do Flamengo, o número de pagantes (28.601) foi inferior ao triunfo com o Colo Colo, na segunda fase eliminatória, quando 34.424 pagantes viram a vitória por 2 a 1.

Mesmo com o número inferior, a torcida apoiou e viu o time corresponder, com as linhas altas e forte marcação na saída de bola. O Botafogo iniciou de forma tão ofensiva que a primeira finalização saiu dos pés do volante Airton, em tentativa que ficou na defesa paraguaia. Aos sete, foi a vez de Camilo arriscar, mas sem sucesso.

O Olimpia suportou bem a pressão inicial e começou a equilibrar o jogo. O Botafogo sentiu a dificuldade de furar o bloqueio adversário e viu o Engenhão silenciar aos 14, quando Montillo sentiu lesão na panturrilha e foi substituído por João Paulo. Sem o meia, o time alvinegro perdeu a criatividade e viu o jogo ficar nervoso, com jogadas mais ríspidas.

As chances de gol ficaram raras, sem os times conseguirem espaço no ataque. Mas a marcação paraguaia, perfeita até então, falhou. Aos 36, Jonas cobrou lateral na área e ninguém afastou. A bola sobrou para Rodrigo Pimpão, que virou uma bicicleta e fez 1 a 0.

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A resposta do Olimpia não demorou. Aos 38, Benitez levantou na área, mas Helton Leite tirou de Mouche e se chocou na sequência para evitar o empate. Os paraguaios ganharam território e assumiram o controle da posse de bola. Mas as jogadas se resumiam ao jogo aéreo, bem neutralizado por Marcelo e Emerson Silva.

O segundo tempo foi com o Olimpia mais avançado, porém, o Botafogo armou bem o time para o contra-ataque. Em uma delas, Camilo puxou a jogada, mas viu Roger errar o passe e desperdiçar a chance. Autor do primeiro gol, Rodrigo Pimpão deixou a área e deu bom passe para Roger, que perdeu o gol.

Substituto de Gatito Fernández, lesionado, Helton Leite passou a ser mais acionado, principalmente no jogo aéreo, quando Roque Santa Cruz foi lançado no jogo. Com Roger em campo, o Botafogo também explorou o centroavante. Em uma destas jogadas, o centroavante tentou escorar para Guilherme finalizar, mas não funcionou.

Nos dez minutos finais, o Botafogo abdicou do jogo. Recuou toda a equipe e congestionou a área. Sem criatividade, o Olimpia passou a arriscar cruzamentos na área. Quando não conseguia chegar à linha de fundo, apostava no lançamento dos zagueiros. Nada fluiu. Com segurança, a defesa brasileira administrou a vantagem e esperou o apito final para garantir vitória importante na Libertadores.

FICHA TÉCNICA

BOTAFOGO 1 x 0 OLIMPIA

BOTAFOGO – Helton Leite; Jonas, Marcelo, Emerson Silva e Victor Luís; Airton (Matheus Fernandes), Bruno Silva (Guilherme), Camilo e Montillo (João Paulo); Rodrigo Pimpão e Roger. Técnico: Jair Ventura.

OLIMPIA – Azcona, César Benítez (Rodi Ferreira), Hernán Pellerano, José Cañete e Giménez; Fernández (Gonzáles), Riveros, Ortíz e Julián Benítez; Pablo Mouche (Roque Santa Cruz) e Brian Montenegro. Técnico: Pablo Repetto.

GOLS – Rodrigo Pimpão, aos 36 minutos do primeiro tempo.

CARTÕES AMARELOS – Airton e Jonas (Botafogo); Ortiz, Giménez e Pablo Mouche (Olimpia).

ÁRBITRO – Roddy Zambrano (Equador).


RENDA – R$ 1.390.210,00.

PÚBLICO – 28.601 pagantes (29.514 no total).

LOCAL – Estádio do Engenhão, no Rio (RJ).


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