O Uruguai estreou na Copa do Mundo da Rússia-2018 com uma vitória por 1 a 0 sobre um Egito sem Mohamed Salah, nesta sexta-feira em Ecaterimburgo, graças ao gol de José Giménez nos últimos minutos da partida.

O zagueiro do Atlético de Madrid se tornou o herói da Celeste ao subir mais alto que a zaga egípcia e cabecear com força uma cobrança de escanteio aos 45 minutos do segundo tempo.

O valente time egípcio, porém, não contou com Salah, sua maior estrela, que não disputa uma partida oficial desde a final da Liga dos Campeões, há três semanas, quando sofreu lesão no ombro. Contra o Uruguai, o atacante do Liverpool ficou no banco de reservas e não foi aproveitado pelo técnico argentino Héctor Cúper.

“Mo Salah é um jogador importante, mas também precisamos ter um bom time e temos. Fizemos um bom jogo, apostamos para ver se nos deixavam alguns espaços para aproveitar. Salah será importante para outros jogos”, indicou Cúper.

“Fiquei satisfeito com a atitude o time e como buscou durante o jogo”, comentou o treinador mais velho do mundial, Óscar Tabárez, em coletiva de imprensa após o jogo. A vitória “nos mostra qual é o caminho para seguir no caminho seguinte”, acrescentou.

Além da vitória uruguaia, a partida também foi marcada por milhares de cadeiras laranjas vazias no estádio de Ecaterimburgo, algo que a Fifa afirmou que irá investigar.

Segundo a entidade, 32.278 ingressos haviam sido vendidos para o atrativo duelo entre astros do futebol mundial como Suárez, Cavani e Salah. O estádio tem capacidade para 33.061 espectadores.

– Pouco futebol –

Dentro de campo, o Egito, sem sua maior estrela, se contentou em armar uma defesa sólida diante da favorita seleção uruguaia.

A tática deu certo. Com um meio de campo mais defensivo e atacantes instruídos a sempre estar atrás da linha da bola, Cúper conseguiu limitar a criatividade uruguaia.

Com isso, De Arascaeta, habilidoso meia do Cruzeiro, penou para achar os craques do times, os atacantes Luis Suárez e Edinson Cavani, perdidos entre os zagueiros egípcios.

Como estava difícil com a bola no chão, a melhor chance de gol do Uruguai no primeiro tempo veio através de outra de suas melhores armas: a bola aérea.

Aos 23 minutos, após cobrança de escanteio, Godín escorou de cabeça e a bola sobrou limpa no pé de Suárez. Mas, na hora de finalizar, o ‘Pistoleiro’ do Barcelona pegou mal na bola e chutou para fora.

– Uruguai pressiona –

No segundo tempo, o Egito voltou do vestiário com a mesma mentalidade, mas encontrou pela frente um Uruguai mais decidido a sair de campo com a vitória.

Mais aguda, a Celeste só não conseguiu decidir o jogo antes devido à grande atuação do goleiro El Shenawy, que ganhou dois duelos cara a cara com Suárez, no primeiro minuto e aos 27 da segunda etapa. Em ambas, o atacante ficou em ótimas condições de marcar graças a assistências precisas de Cavani.

Aos 37, cansado de ver o amigo desperdiçar os presentes dados, Cavani resolveu arriscar de fora da área, acertando uma bomba que tinha endereço certo. Mas o resultado foi o mesmo: linda defesa de El Shenawy.

Desesperado em busca de um gol salvador, o Uruguai começou a dar muitos espaços atrás. E o Egito só não aproveitou por falta de talento dos jogadores de frente.

Percebendo o panorama da partida, a torcida egípcia em Ecaterimburgo lançou gritos de “Salah! Salah!”, na esperança de que o astro do Liverpool pudesse entrar em campo e deixar sua marca. Mas Cúper não se comoveu, preferindo poupar sua estrela para as próximas partidas.

Apesar do esforço realizado, o Egito acabou castigado em praticamente o último lance do jogo.

Sánchez cobrou escanteio, Gímenez subiu entre três defensores egípcios e acertou forte cabeçada, sem chances para El Shenawy.

am/fa