Duas seleções “inteiras” vão buscar uma vaga nas semifinais da Copa América, nesta sexta-feira, em São Paulo. Após pouparem titulares na rodada final da primeira fase, Chile e Colômbia colocarão força máxima em campo na Arena Corinthians, com a promessa de “espetáculo”, pelo condicionamento físico e qualidade dos jogadores.

Classificado antecipadamente às quartas de final, o bicampeão Chile poupou Vidal, Beausejour, Isla e Fuenzalida na derrota para o Uruguai. Perdeu a liderança do grupo, a possibilidade de ter um adversário mais fraco pela frente e um dia de descanso. Mas evitou ficar sem eles nesta sexta-feira, pois estavam pendurados com um cartão amarelo. Os atletas estarão 100% para o jogo contra a única equipe que venceu os três jogos da primeira fase.

O condicionamento é fundamental na seleção chilena por dois motivos. O primeiro é o time ter vários veteranos – os quatro poupados possuem mais de 30 anos. O outro é a intensidade exigida pelo técnico colombiano Reinaldo Rueda, que tem como principal arma as jogadas em velocidade. Por isso, perder foi visto como menos importante do que estar 100%.

“Entramos com a mentalidade de defender o título. Temos de seguir fortes, a mente tem de estar focada para que sejamos superiores e avancemos, pensando jogo a jogo. Primeiro é a Colômbia”, disse Fuenzalida.

A Colômbia adotou estratégia parecida em seu último compromisso – a vitória contra o Paraguai por 1 a 0, em Salvador. O técnico português Carlos Queiroz, que tem apostado em um jogo mais físico do que tradicionalmente se vê na seleção, poupou vários titulares. O time chegou a São Paulo um dia antes dos chilenos e descansado.

Apenas Cuadrado começou jogando os três triunfos da equipe – ainda assim, o atacante da Juventus sempre foi substituído. E, além dele, só James Rodríguez e Barrios participaram dos três compromissos, só que com ambos entrando na etapa final diante dos paraguaios.

“O técnico pede que o time seja compacto. Atacar e defender muito é sempre a nossa ideia, sem oferecer brechas ao adversário. As distâncias entre as linhas devem ser menores”, disse Davinsón Sánchez, poupado no último domingo.

Também descansado após ficar de fora do jogo contra o Paraguai, Uribe destaca que a força física será fundamental. “O Chile tem bons jogadores e isso permite uma série de variantes no jogo. Nossa mentalidade é jogar futebol, seja qual for o rival. Então, esperamos dar um bom espetáculo”, disse.