As bolsas europeias dão continuidade nesta quarta-feira ao forte movimento de vendas desta semana, pressionadas pelo noticiário sobre o coronavírus, que ameaça se tornar uma pandemia. Em um dia sem indicadores relevantes, investidores também reagem a balanços de grandes empresas da região. Às 7h (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha queda de 1,54%, a 398,36 pontos.

A disseminação do coronavírus gera forte aversão a risco nos mercados financeiros globais desde o início da semana.

Ontem, o mau humor se agravou depois de o Centro de Controle de Doenças e Prevenção dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) avaliar que a doença está se espalhando de forma rápida pelo mundo e que há provável risco de pandemia.

A China concentra a maior parte dos casos de coronavírus, que ultrapassam 78 mil, mas nos últimos dias a doença se alastrou de forma expressiva em outros países, como Itália, Coreia do Sul e Irã. Já o Brasil registrou seu primeiro caso da enfermidade.

Apenas na Itália, há mais de 300 casos confirmados de coronavírus e foram registradas 11 mortes.

Também continua no radar a temporada de balanços da Europa, que se aproxima do fim. Mais cedo, a montadora francesa Peugeot divulgou lucro e receita maiores do que se previa em 2019 e a companhia elétrica espanhola Iberdrola também superou as expectativas de lucro anual, mas as vendas ficaram aquém do esperado. Enquanto a ação da Peugeot subia quase 1,4% em Paris, a da Iberdrola recuava 0,2% em Madri.

Também às 7h (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 1,02%, a de Frankfurt recuava 1,80% e a de Paris cedia 1,23%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham perdas de 0,27%, 1,19% e 1,74%, respectivamente.

No câmbio, o euro subia marginalmente a US$ 1,0886, de US$ 1,0884 no fim da tarde de ontem, mas a libra seguia o rumo contrário, se enfraquecendo a US$ 1,2949, de US$ 1,3000 ontem. Com informações da Dow Jones Newswires.