A evolução dos carros de Fórmula 1 nos últimos 30 anos foi extraordinária. A ponto de a McLaren campeã de Ayrton Senna, pole position no GP do Brasil de 1990, ser 10 segundos mais lenta por volta do que a Mercedes de Lewis Hamilton do ano passado. A tendência é de que os carros sejam ainda mais velozes na formação do grid neste sábado e também na corrida de domingo, em Interlagos.

Há 30 edições, Senna completou a melhor volta em 1min17s277, o que o colocaria, em uma volta imaginária, na entrada da reta dos boxes com relação ao desempenho de Hamilton no ano passado (1min07s281).

Já o heptacampeão Michael Schumacher, com a Ferrari cinco vezes campeã de forma consecutiva, atingiria a marca das últimas posições no grid (1min13s780, em 2001), enquanto que o seu compatriota Sebastian Vettel, quatro vezes seguidas campeão mundial, colocaria a sua Red Bull (1min11s918, em 2011) próximo à entrada dos boxes.

Vários são os motivos deste desenvolvimento tão significativo dos carros. O principal deles é a potência dos motores, que atualmente desenvolvem cerca de mil cavalos, contra os 650 da época de Senna.

Outros fatores importantes são os pneus mais macios e os freios evoluídos, que permitem uma maior aderência, o que leva os carros a iniciarem a frenagem a 70 metros das curvas tanto na reta principal como na reta oposta.

O incrível progresso da aerodinâmica também contribui para as voltas cada vez mais rápidas, pois com maior tração o carro fica “pressionado” na pista, o que fez o australiano Daniel Ricciardo acelerar a sua Renault até os 337,2 km/hora durante a corrida do ano passado.

Com tudo isso, os carros da principal categoria do automobilismo parecem não ter limite. Neste sábado, Mercedes, Ferrari e Red Bull entram na pista para buscar um novo recorde. Vale a pena conferir.