Estatal assaltada por um consórcio formado por expoentes ocultos do MDB, PTB e PT nos últimos 20 anos, os Correios ganharam atenção do atual Governo, que convocou para a missão o general Floriano Peixoto.

O linha-dura tirou a estatal dos casos policiais e apontou o rumo para lucros seguidos desde 2019 – o que motivou o Ministério da Economia aventar a privatização da estatal. O plano ainda está em vigor, apesar da resistência dos funcionários.

Causa mais apreensão a notícia que chegou a corredores da sede ontem. O presidente Jair Bolsonaro prevê uma visita nesta sexta (29) ao prédio, na Esplanada. Uma circular rodou computadores: todos com serviços presenciais dispensáveis , que podem atuar de em home Office, receberam ordem de ficar em casa hoje. Só cargos de gerência e diretores estão no prédio. O alto escalão da empresa vai recebê-lo.

Na agenda oficial de Bolsonaro, consta hoje apenas dois despachos com ministros palacianos. Mas o GSI já mandara ontem fazer uma varredura na precursora da visita, em todo o prédio. Não havia confirmação,até o fechamento desta Coluna, se Bolsonaro realmente aparece hoje, e qual o interesse na agenda.

Assim como a privatização da Eletrobras, o ministro Paulo Guedes tem prazo para destravar a venda, que é maio deste ano. Bancos e uma multinacional latina estão de olho nos Correios.

O que está em jogo nos Correios são os milhares de pontos próprios e franqueados, cobrindo 95% do País; o e-commerce em ascensão; e o cadastro de milhões de brasileiros – o mailing oficial é um pote de ouro com acesso a potenciais consumidores.