Com eleição de Trump, dólar sobe e fecha a R$ 3,22

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O dólar comercial à vista fechou em alta de 1,57% nesta quarta-feira, 9, a R$ 3,2232, após o resultado da eleição presidencial nos Estados Unidos. A vitória de Donald Trump inicialmente gerou tensão nos mercados, levando a uma alta da divisa americana ante moedas de países emergentes.

No entanto, de acordo com especialistas, o tom mais conciliador do empresário após o resultado das urnas trouxe certo alívio a investidores, o que se refletiu no avanço das bolsas norte-americanas. No Brasil, porém, a Bovespa não seguiu a tendência e encerrou os negócios em queda de 1,40%, aos 63.258,26 pontos.

Parte dos analistas de mercado mantém a expectativa de que o Federal Reserve (banco central dos EUA) eleve os juros de referência da economia americana na última reunião de política monetária deste ano, marcada para os dias 13 e 14 de dezembro, mesmo após a vitória de Trump.

Internamente, a intensidade do ajuste é difícil de prever, segundo operadores, mas não se descarta nas mesas de operação a possibilidade de a moeda voltar a testar o nível de R$ 3,35 – último pico atingido em setembro. Uma correção de alta é esperada para ajustar os preços internos à valorização generalizada da moeda americana frente a divisas emergentes e ligadas a commodities no exterior. Ontem, a moeda americana caiu para R$ 3,1733 no mercado à vista e aos R$ 3,1880 no dólar futuro de dezembro, em meio a apostas na vitória da democrata Hillary Clinton.

real-dolar_rafael-neddermeyer-fotos-publicasO dólar comercial à vista fechou em alta de 1,57% nesta quarta-feira, 9, a R$ 3,2232, após o resultado da eleição presidencial nos Estados Unidos. A vitória de Donald Trump inicialmente gerou tensão nos mercados, levando a uma alta da divisa americana ante moedas de países emergentes.

No entanto, de acordo com especialistas, o tom mais conciliador do empresário após o resultado das urnas trouxe certo alívio a investidores, o que se refletiu no avanço das bolsas norte-americanas. No Brasil, porém, a Bovespa não seguiu a tendência e encerrou os negócios em queda de 1,40%, aos 63.258,26 pontos.

Parte dos analistas de mercado mantém a expectativa de que o Federal Reserve (banco central dos EUA) eleve os juros de referência da economia americana na última reunião de política monetária deste ano, marcada para os dias 13 e 14 de dezembro, mesmo após a vitória de Trump.

Internamente, a intensidade do ajuste é difícil de prever, segundo operadores, mas não se descarta nas mesas de operação a possibilidade de a moeda voltar a testar o nível de R$ 3,35 – último pico atingido em setembro. Uma correção de alta é esperada para ajustar os preços internos à valorização generalizada da moeda americana frente a divisas emergentes e ligadas a commodities no exterior. Ontem, a moeda americana caiu para R$ 3,1733 no mercado à vista e aos R$ 3,1880 no dólar futuro de dezembro, em meio a apostas na vitória da democrata Hillary Clinton.

Trump conseguiu os 270 votos necessários, vencendo a democrata Hillary Clinton ao conquistar os eleitores em Estados estratégicos, como Flórida, Carolina do Norte, Iowa, Ohio e Pensilvânia. Em um discurso mais pacificador nesta manhã, Trump pediu que a nação se una e afirmou que será presidente “para todos os americanos”. Sobre a relação com outros países, Trump disse que os EUA vão se relacionar com os países que quiserem se relacionar com eles.

O fato é que Trump no comando da maior economia do mundo traz um novo ambiente geopolítico. A União Europeia anunciou que manterá as relações políticas com Washington. “Os laços entre a UE e os EUA são mais profundos do que qualquer mudança política”, afirmou a alta representante para Relações Exteriores, Federica Mogherini. Mais cedo, o clima foi de maior aversão a risco.

As bolsas asiáticas operaram em forte baixa e futuros de Nova York chegaram a cair ao redor de 5%. Nas principais bolsas europeias, a queda também é moderada.

O dólar perde para o iene nesta manhã, mas avança em relação às moedas ligadas a commodities e as de países emergentes, sendo que a alta ante o peso mexicano chegou a superar 10% mais cedo. Durante a campanha, Trump prometeu um muro entre EUA e México caso fosse eleito. O ouro, considerado um ativo seguro em momentos de turbulência, disparou mais de 4% na madrugada, mas também desacelerou e instantes atrás subia menos de 2%.

Petróleo fecha em alta
O petróleo subiu nesta quarta-feira nesta quarta-feira após a inesperada vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. O barril de WTI para entrega em dezembro subiu 29 centavos, a 45,27 dólares no mercado de Nova York. Em Londres, o barril de Brent para janeiro subiu 32 centavos, a 46,36 dólares.

No curto prazo “o petróleo estará à mercê do conjunto dos mercados”, disse Matt Smith, da ClipperData. O petróleo se beneficiou do apoio que de Wall Street, com altas ao longo da sessão.

Banco Central
Depois de encontro semanal com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, evitou comentar a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos. Questionado pela imprensa, ele fez apenas uma declaração sobre “mercados”. “Estamos acompanhando os mercados globais e do Brasil e, se necessário, tomaremos as medidas adequadas”, disse.

Mais cedo, o Banco Central cancelou o leilão de swap cambial reverso que estava marcado para ocorrer nesta quarta-feira. Segundo o BC, a instituição cancelou a operação por entender ser “prudente” diante do cenário de maior volatilidade no mercado financeiro hoje.