21/06/2024 - 20:20
Com um duelo entre seus maiores artilheiros – Enner Valencia e Salomón Rondón – Equador e Venezuela iniciam neste sábado (22) sua aventura na Copa América-2024, nos Estados Unidos, guiados pela filosofia de se concentrar em um jogo de cada vez.
A disputa pode ser a última entre as duas feras da área, ambos de 34 anos, no torneio de seleções mais antigo do mundo. Mas será a primeira do Grupo B, cuja jornada de abertura será concluída à noite com o duelo entre México e Jamaica, em Houston, no Texas.
Equatorianos e venezuelanos se enfrentam às 19h (horário de Brasília) no Levi’s Stadium, casa do San Francisco 49ers, peso pesado do futebol americano, com capacidade para 68,5 mil espectadores.
A situação atual da dupla de titãs do gol parece favorável a Rondón, que foi fundamental para o título do Pachuca do México na recente Copa dos Campeões da Concacaf, com nove gols em sete jogos.
O técnico da ‘Vinotinto’, o argentino Fernando Batista, destacou o “altíssimo nível” de seu atacante, autor da dobradinha na final da competição de clubes em que venceu o americano Columbus Crew por 3 a 0 no início do mês.
“Feliz por termos isso e por termos um semestre muito bom, espero que continue assim”, disse ‘El Bocha’ nesta sexta-feira durante a coletiva de imprensa.
Autor de 41 gols em 105 jogos pela seleção de seu país, Rondón é uma das grandes certezas de uma Venezuela que pretende deixar uma boa imagem na Copa América, mas que não esquece que seu grande objetivo é se classificar para uma Copa do Mundo pela primeira vez na história.
O objetivo macro parece estar no caminho certo – os venezuelanos ocupam a quarta posição nas Eliminatórias sul-americanas – mas o objetivo de curto prazo – o torneio em solo americano – segue em aberto.
Os venezuelanos não disputaram nenhuma partida preparatória para a Copa América. A última entrada em campo foi um empate em 0 a 0 com a seleção da Guatemala, em amistoso realizado em março, o que consolidou uma sequência negativa de cinco jogos seguidos sem vencer (derrotas para Colômbia e Itália, empates com Equador, Peru e Guatemala).
A situação é diferente para os equatorianos: tiveram um saldo aceitável nos jogos anteriores (vitórias sobre Bolívia e Honduras, derrota para a Argentina), mas Enner Valencia viveu uma temporada agitada.
O capitão (41 gols em 86 jogos) sofreu em abril uma lesão que o afastou dos jogos do Internacional de Porto Alegre por um mês e meio. Com tudo isso, ele soma sete gols em 17 duelos pela seleção Tricolor e seu clube em 2024.
“Nos amistosos fomos melhorando, não em termos de resultados, mas em termos de desempenho. Tivemos uma boa sensação”, disse Valencia, que poderá receber bolas no ataque do jovem Kendry Páez, de 17 anos.
Comprado pelo Chelsea, o atual meio-campista do Independiente del Valle poderá fazer sua estreia na Copa América e confirmar o Equador como produtor de talentos, entre os quais se destacam o zagueiro Piero Hincapié e o meio-campista Moisés Caicedo.
As duas seleções, segundo seus treinadores, entram em um torneio que nunca venceram com a ideia de avançar jogo a jogo, em linha com o mantra que o técnico argentino Diego Simeone tornou famoso no Atlético de Madrid.
Após a estreia, ‘El Tricolor’ volta a campo na quarta-feira, quando enfrenta a Jamaica, em Las Vegas (Nevada). Já a ‘Vinotinto’ terá pela frente o México no mesmo dia em Inglewood (Califórnia).
– Prováveis escalações:
Equador: Hernán Galíndez – Ángelo Preciado, Willian Pacho, Félix Torres, Piero Hincapié – Carlos Gruezo, Moisés Caicedo – John Yeboah, Kendry Páez, Jeremy Sarmiento – Enner Valencia. Técnico: Félix Sánchez.
Venezuela: Rafael Romo – Jon Aramburu, Yordan Osorio, Nahuel Ferraresi, Miguel Navarro – Cristian Cásseres, José Martínez, Yangel Herrera – Darwin Machís, Salomón Rondón, Yeferson Soteldo. Técnico: Fernando Batista.
Árbitro: Wilmar Roldán (Colômbia).
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