Com ‘Dois’, Felipe F. troca a produção e estreia como cantor e compositor

Em entrevista à IstoÉ Gente, Felipe F. relembra sua trajetória na música e conta como reconheceu o momento certo para apostar em sua própria carreira; primeira parte do disco já está disponível

Elisa Maciel
Primeira parte do disco foi lançada na última quinta-feira, 29 Foto: Elisa Maciel

Dono de uma carreira consolidada como produtor, Felipe Fernandes, conhecido no mundo artístico como Felipe F., agora decidiu se arriscar e apostar em sua própria música. Na última quinta-feira, 29, o artista lançou a primeira parte de “Dois”, seu disco de estreia como cantor e compositor.

Produzido inteiramente por ele, o trabalho consiste em canções com tons agridoces que refletem as experiências de seus últimos relacionamentos amorosos.

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Em entrevista à IstoÉ Gente, Felipe F. relembra sua trajetória na música e conta como reconheceu o momento certo para apostar em sua própria carreira.

“Eu entrei no mundo da música muito cedo, como instrumentista. Comecei a tocar com 10 anos de idade, sem nunca pensar que aquilo fosse, algum dia, virar a minha profissão”, começou Felipe. “Para mim, era o que me salvou de ser um adolescente revoltado. E aí decidi me aprofundar.”

“A entrada no mundo da produção musical foi muito isso, quando eu estava gravando o disco da minha primeira banda, eu queria alguns sons que eu não sabia dizer pro cara que estava gravando nela, como conseguir aqueles sons ou aquela estética, eu já tinha na minha cabeça o que eu queria, mas não sabia traduzir”, explicou.

Ele conta que após muitos anos trabalhando como acompanhante de outros artistas e frontman do Bloco Sargento Pimenta, entendeu que já era hora de começar a focar nele mesmo. “Isso foi ali perto da pandemia. Lá que eu decidi começar a trabalhar nessas canções e arranjá-las”, revelou.

Álbum Dois

“Ele é um disco primordialmente de canções com letras escritas de experiências muito pessoais minhas. Eu não tinha uma pretensão inicialmente de colocá-las num disco, foram músicas que eu fui compondo em momentos e aí eu entendi que elas faziam sentido juntas ali. Tinha uma coesão”, explicou.

“O disco tem um pouco de drama, claro. Inclusive, a primeira faixa se chama ‘Samba Elegia’. Uma elegia geralmente é algo que se escreve para alguém que morreu, para algo que morreu. Então tem uma carga de drama sem ser excessiva.”

Felipe também afirmou que apesar de ter passado anos produzindo para outras pessoas, a experiência de fazer algo para si mesmo foi bastante natural e não descartou a possibilidade de conciliar os dois trabalhos em um futuro próximo.

“Teve um momento em que eu parei de produzir outras pessoas, porque eu parei de ter o tesão de fazer isso. Agora, tendo feito esse álbum, é como se eu tivesse cumprido uma demanda interna minha, e talvez isso me volte a ter prazer de produzir outras pessoas. Ou pode ser que eu tome gosto pela carreira só de artista, cantor, compositor, e fique querendo fazer isso para tudo sempre.”

“Eu gosto dessa versatilidade da música: um dia eu posso estar aqui como cantor e compositor, e daqui a três meses eu vou estar fazendo a trilha de um filme sem deixar de lado a obra como compositor de canções. Eu quero seguir dando vazão a todas essas frentes que eu abri, mas só o tempo vai dizer quem vai tomar a dianteira.”

Confira a primeira parte de “Dois”:

** Estagiária sob supervisão