Nos últimos dias, a diretoria do Timão não tem tido uma semana sequer de calmaria para se dedicar com tranquilidade ao mercado da bola. Com um saldo deficitário em caixa de R$ 177 milhões no ano passado, salários dos funcionários atrasados há três meses, o Corinthians está se movimentando para incrementar o plantel alvinegro, ainda que sem dinheiro.

As mais novas notícias são a possível chegada de Roger Guedes e a venda de Gustagol, além de finalizar o retorno de Jô. Os dirigentes do Timão fizeram uma consulta sobre a situação do atacante Roger Guedes, que está no futebol da China, em uma operação que será pra lá de custosa, segundo o UOL.

Ele recebe cerca de R$ 2 milhões líquidos por mês e não há qualquer sinalização de que o Shandong Luneng vai arcar com esse valor em uma possível volta por empréstimo ao Brasil. Para ficar com Guedes, que está na mira do Atlético-MG, há também uma multa de três milhões de euros (R$ 17 milhões) que precisa ser paga pelos chineses ao Palmeiras, caso o atleta for emprestado a um clube do futebol brasileiro.

A saída de Gustagol depende de uma negociação que está em andamento entre o Corinthians e Internacional, que podem fazer um acordo para transferência do atleta ao Jeonbuk Motors, da Coreia do Sul. O clube gaúcho tem percentual do atacante e exige o valor estipulado em contrato para liberar o jogador ao time do exterior. A atual oferta coreana é de 2,5 milhões de dólares (R$ 12,8 milhões na cotação atual).

Em fevereiro, o Inter pegou Gustagol emprestado e comprou 15% do atacante. No contrato entre gaúchos e o Timão existe uma cláusula prevendo transferência (ou prioridade para cobrir proposta e ficar com o jogador) em oferta de 3 milhões de dólares. A interpretação colorada é que a liberação só ocorre pela cifra específica e aí surge o impasse.

Ainda de acordo com o UOL, Jô rescindiu o contrato com o Nagoya Grampus. Desta forma, chegaria ao Corinthians sem custo imediato.

“A prioridade é acertar algumas luvas de jogadores, acertar o fundo de garantia, pagar algumas coisas e aguentar no mínimo mais dois meses de salários do clube e dos jogadores para frente”, afirmou o presidente Andrés Sanchez em entrevista ao site Meu Timão.

Processos Judiciais

O atacante Jonathas, que atualmente joga no Elche, da Espanha, ingressou na última segunda-feira (15) com uma ação na Justiça cobrando R$ 2 milhões do Timão. O valor é referente a uma dívida de direitos de imagem de 2018, temporada em que o Jonathas defendeu o Timão.

As dívidas de direitos de imagem cresceram no Timão nos últimos anos e chegaram a R$ 48 milhões no fim do ano passado. Inicialmente, o Corinthians concordou em pagar R$ 1,8 milhão a Jonathas. O valor seria dividido em uma entrada de R$ 900 mil e mais cinco parcelas de de R$ 180 mil. Porém, o atacante alega não ter recebido e agora pede o montante corrigido por juros.

Na mesma segunda, a direção do Corinthians conseguiu um respiro, ainda que por momento, com o adiamento para 21 de setembro da audiência trabalhista de Giovanni Augusto. Ele entrou com uma ação contra o Corinthians no mês de abril para cobrar quase R$ 1 milhão de dívidas trabalhista com os atletas. Contratado por cerca de R$ 13 milhões no início de 2016 junto ao Atlético-MG, Giovanni Augusto teve vínculo com o clube paulista até dezembro de 2019.