No primeiro mês completo após a epidemia do coronavírus paralisar fábricas da China, o produto que o Brasil mais importa dos chineses teve queda de 32,6% em relação a igual mês do ano passado, em valores, mostram dados detalhados da balança comercial que ficaram disponíveis nesta quarta-feira na base do Ministério da Economia.

Em fevereiro, a importação de aparelhos elétricos para telefonia, que inclui aparelhos telefônicos sem fio, somou US$ 123,17 milhões, contra US$ 182,77 milhões em fevereiro de 2019. O produto, contudo, continua como o mais importado.

Em conta que considera todos os produtos, as importações da China caíram 9% em fevereiro. Com isso, os chineses perderam o primeiro lugar na lista das principais origens de importações, posição reconquistada pelos Estados Unidos, que apresentou aumento de 60%.

Por categoria de produto, as importações da China mostram que os bens utilizados pela indústria foram os mais afetados. Houve queda de 34,5% na compra de insumos industriais básicos, de 9,3% para insumos industriais elaborados, de 81,7% para alimentos e bebidas básicos destinados principalmente à indústria e de 43,7% para alimentos e bebidas elaborados destinados principalmente à indústria.

Também houve recuos expressivos em bens de consumo. Os duráveis tiveram baixa de 29,6% e os semiduráveis e não duráveis tiveram retração de 13,5%. Os bens de capital caíram 5,5%. As exceções foram os equipamentos de transporte industrial, que aumentaram 299%, e as peças e acessórios para bens de capital, que avançaram 1%.