Quase um mês após acertar contrato com o Maracanã, o Flamengo anunciou nesta sexta-feira a rescisão do vínculo com a Associação Atlética Portuguesa para o uso do estádio Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador. O contrato com o estádio, que o time carioca usou neste ano e durante grande parte da temporada passada, se encerraria somente em dezembro de 2019.

O vínculo, contudo, não era mais necessário para o clube rubro-negro porque, no início de junho, a diretoria acertou contrato com a concessionária que administra o Maracanã. O acordo com o estádio mais tradicional da cidade terá duração até o final de 2020.

“Considerando que o Flamengo fará no mínimo mais 15 partidas no Maracanã em 2018 e ao menos 25 jogos em 2019, tendo em vista os resultados positivos que a parceria já vem apresentando, com a venda de camarotes e pacotes de ingressos para sócios-torcedores, e diante do comparativo dos custos de operação dos jogos, o Conselho Diretor entendeu não fazer sentido manter em operação uma segunda estrutura esportiva”, explicou o clube, em nota.

O acordo com a Portuguesa teve início em janeiro de 2017. Desde então, foram 20 partidas que o Flamengo mandou no Luso-Brasileiro, com 15 vitórias, dois empates e três derrotas. O clube havia optado pela arena localizada na Ilha do Governador por causa das dificuldades em mandar jogos no Maracanã e no Engenhão, em 2016, principalmente em razão da Olimpíada do Rio-2016.

O clube rubro-negro não informou se a rescisão do contrato vai resultar em alguma multa ou pagamento. “O Flamengo gostaria de agradecer a parceria da Associação Atlética Portuguesa, uma vez que o Luso-Brasileiro foi importante para o desenvolvimento técnico do time profissional de futebol e acolheu muito bem a torcida rubro-negra. Novos projetos em conjunto com o clube da Ilha do Governador serão bem-vindos no futuro.”

O Flamengo disse ainda que o fim do contrato não vai afetar o processo na Justiça referente à queda de duas torres de iluminação, em fevereiro deste ano, após forte temporal. O incidente deixou o estádio fechado provisoriamente, impedindo o time de mandar jogos no local.

“Cabe reiterar que tal decisão [rescisão do contrato] não prejudica a demanda judicial já devidamente ajuizada em face das empresas envolvidas na queda da torre de iluminação, buscando o ressarcimento dos prejuízos causados ao clube”, disse a diretoria, em nota.