A concorrência do Brasil pela vaga olímpica promete ser bem mais complicada do que o habitual. Em vez de ter como principais rivais apenas as nações mais tradicionais como Argentina e Uruguai, a competição deve apresentar adversários emergentes. A anfitriã Colômbia e a mais nova força da base sul-americana, o Equador, prometem surpreender.

A seleção equatoriana foi a campeã do último Sul-Americano Sub-20, em 2019, conquista inédita para o futebol do país. No mesmo ano, a equipe foi terceiro lugar no Mundial da categoria, na Polônia, e mantém a base do elenco para a disputa do Pré-Olímpico.

O treinador também é o mesmo. O argentino Jorge Célico trabalha com parte do plantel desde a categoria sub-17. Um titular absoluto joga no Santos. Trata-se do zagueiro Porozo.

Quem também aposta em um jogador do futebol brasileiro é a Colômbia. O destaque é o atacante Angulo, contratado ano passado pelo Palmeiras por R$ 11,6 milhões, mas ainda à espera de oportunidades no time profissional.

O jogo mais complicado do Brasil na primeira fase será diante do Uruguai. O principal jogador é Diego Rossi. O atacante do Los Angeles, dos Estados Unidos, foi o quarto maior goleador da última temporada da liga americana. O companheiro dele no setor ofensivo é Ignácio Ramírez, goleador do Campeonato Uruguaio de 2019 pelo modesto Liverpool.

Se passar para a fase final, o Brasil possivelmente terá um jogo decisivo contra a Argentina. O principal jogador do país vizinho é o meia Alexis MacAllister, titular do Boca Juniors. A equipe encarou o mesmo problema do Brasil de não poder contar com os principais jogadores, por falta de liberação das equipes europeias.

Da seleção principal, teriam condições de atuar no Pré-Olímpico o zagueiro Foyth, do Tottenham, e o atacante Lautaro Martínez, da Inter de Milão.