Políticos bolsonaristas e do Centrão ouvidos pela coluna entendem que a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, decretada por Alexandre de Moraes nessa segunda-feira, 4, terá como desdobramento lógico um fortalecimento da posição de Michelle Bolsonaro na interlocução política em torno do ex-presidente — e, consequentemente, da definição de quem será o candidato ungido por Bolsonaro em 2026.
Nos dois grupos, as avaliações são no sentido de que a decisão de Moraes naturalmente estrangula e limita ainda mais a atuação política de Bolsonaro, que já havia sofrido um revés com as medidas cautelares impostas a ele há duas semanas. Nesse cenário, por morar com Bolsonaro, Michelle ganha peso estratégico.
Entre os aliados do ex-presidente, teme-se e especula-se sobre quais serão os critérios de Moraes ao analisar pedidos de visitas a Bolsonaro. O ministro determinou que ele só poderá receber seus advogados e visitantes autorizados previamente pelo Supremo.
Cotada pelo próprio Jair Bolsonaro a disputado o Senado em 2026, Michelle também é um dos nomes cogitados como potencial substituta dele como candidata da direita em 2026.