WASHINGTON, 03 JUL (ANSA) – Com o avanço do novo coronavírus (Sars-CoV-2) pelos Estados Unidos, especialmente em estados que anteciparam o afrouxamento das regras de isolamento, o condado de Miami-Dade anunciou a volta do toque de recolher nesta quinta-feira (02).   

Segundo o prefeito Carlos Gimenez, a regra vale das 22h às 6h já a partir da noite desta sexta-feira (03) e segue, no mínimo, até 6 de julho. Além disso, o político anunciou que assinará uma ordem executiva para revogar a reabertura de estruturas de entretenimento, como cinemas, teatros, cassinos e casas de show.   

Os restaurantes poderão permanecer abertos apenas para entrega e retirada – sendo que os clientes que forem ao local deverão usar obrigatoriamente máscaras de proteção facial – e as piscinas dos hotéis deverão ficar fechadas. “A polícia de Miami-Dade vai estar vigilante neste fim de semana, ao lado dos departamentos municipais, para monitorar. Os infratores flagrados responderão por uma contravenção criminal de segundo grau, com multa de US$ 500 e 180 dias de prisão”, informou ainda Gimenez.   

A medida vem na sequência do anúncio do fechamento das praias, ocorrido em 1º de julho, em ação também adotada pela Califórnia e pela Flórida. O anúncio ocorre no mesmo dia em que os Estados Unidos bateram um novo recorde diário, pelo terceiro dia consecutivo, de novas contaminações por Covid-19, segundo o Centro Universitário Johns Hopkins. Nesta quarta, foram registradas 53.069 novas infecções, levando o total de contaminados para 2.735.339. Ao menos sete estados bateram seus próprios recordes de contaminações – Alasca, Arkansas, Carolina do Sul, Flórida, Geórgia, Montana e Tennessee. Nas últimas duas semanas, houve um aumento de 87% no número de casos no país. O número de mortos em 24 horas foi de 649, levando o total de vítimas a 128.677 até o fim da noite de ontem. Os estados mais afetados por essa segunda onda são aqueles que anteciparam o fim das medidas de isolamento social, após pressão do presidente Donald Trump. Agora, a maior parte deles está precisando ordenar o fechamento novamente de diversos setores estratégicos. (ANSA)