Guilherme Boulos (PSOL) teve 40,65% dos votos e foi derrotado por Ricardo Nunes (MDB) neste domingo, 27, segundo turno da eleição para a prefeitura de São Paulo. Apesar de dar uma interpretação positiva ao resultado, seu desempenho foi quase idêntico ao das eleições de 2020 para o mesmo cargo, quando teve 40,62% contra Bruno Covas (PSDB).

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As condições de Boulos nas duas candidaturas, no entanto, eram distintas. No pleito anterior, o psolista tinha ao seu lado os nanicos UP e PSOL, 18 segundos de propaganda eleitoral e gastou R$ 7.585.955,91 na campanha.

Para a nova tentativa, ganhou o apoio do presidente Lula (PT) e, com ele, da federação PT-PCdoB-PV, do PDT, teve a ex-prefeita petista Marta Suplicy como candidata a vice, 2 minutos e 22 segundos de propaganda em rádio e TV e R$ 81.212.249,00 para financiar a campanha.

Mesmo considerando o fato de que a eleição de 2020 ocorreu durante a pandemia e, portanto, não teve mobilização de rua — o que barateia as campanhas –, Boulos teve 10 vezes mais recursos para pedir votos. Ele conseguiu ganhar 155 mil eleitores, mas ficou a mais de um milhão de chegar em Nunes.