Um dos principais endereços financeiros da capital paulistana virou pista de dança na noite desta quinta-feira, 29 Os prédios espelhados da avenida Faria Lima foram adornados por feixes de lasers, labaredas de fogo, efeitos de fumaça, telões de alta definição e um complexo sistema de som para receber o encontro de Alok com a orquestra sinfônica do Tomorrowland, The Symphony of Unity, regida pelo maestro Kevin Houben e composta por mais de 45 artistas de diferentes países que tem chamado a atenção desde sua primeira apresentação no Tomorrowland belga, em 2015. Agora, foi a vez dos brasileiros verem ao vivo a conexão da música eletrônica com a clássica no evento gratuito que marcou a contagem regressiva para o Tomorrowland Brasil, marcado para os dias 11, 12 e 13 de outubro.

Alok, embaixador e um dos headliners do festival, entrou no palco por volta das 19h30 e tocou por mais de uma hora às milhares de pessoas que acompanharam o show de forma presencial e remota pelo canal oficial do Tomorrowland no YouTube.

Sucesso como “Summer’s Back” fez o momento de diversão da multidão em clima de fim de expediente ou “after” de um dia de trabalho. Mas o ponto alto foi ver e escutar Alok dividindo o palco com a The Symphony of Unity e mostrando a força da arte em transcender barreiras.

Apesar de Alok saber tocar piano, ele deixou que a orquestra conduzisse os acordes enquanto ficava responsável pela sonoridade mais experimental e sintética do show. A eles ainda se juntou o cantor Zeeba para fazer as faixas “Hear Me Now”, “Big Jet Plane” e “Ocean”. O resultado desta fusão foi uma experiência sensorial pouco comum aos apreciadores de música eletrônica e da clássica, que terminou com “Vale Vale” e “Allein Allein”, uma das músicas tema do Tomorrowland.

Um acontecimento raro também marcou a apresentação na noite. Próximo ao final do show, Alok chamou seus dois filhos, Ravi e Raika, e a esposa Romana Novais para o palco celebrando também o fato da música reunir gerações. No público, a faixa etária ia dos 18 aos 70 anos de idade.