Grande parte dos jogadores que vai disputar o Campeonato Brasileiro deste ano nem sequer havia nascido quando, em 1979, Geninho estreou como técnico na competição. O então goleiro e capitão da Francana assumiu como treinador interino no jogo contra o Atlético-MG, mesmo adversário com quem joga neste sábado, mas agora no comando do Avaí.

Prestes a completar 71 anos, Geninho vai entrar neste início de Brasileiro no terceiro lugar da lista dos técnicos mais velhos da história da competição. Somente aparecem na frente dele Evaristo de Macedo, que dirigiu o Athletico-PR aos 72 anos em 2005, e Orlando Fantoni, treinador do Vitória com 71 anos e cinco meses em 1988.

O técnico do Avaí, porém, disse ao Estado que não se importa com essas estatísticas. Geninho admitiu já ter pensado em largar o futebol, mas não conseguiu. “O futebol é viciante, é quase uma droga. Minha ideia inicial era parar alguns anos atrás. Como sou formado em Direito, queria advogar. Não aguentei ficar longe”, contou.

Além de gostar do desafio de conduzir um time, Geninho garante se manter motivado principalmente pelos bons resultados recentes. Nos últimos cinco anos ele conseguiu quatro acessos no Campeonato Brasileiro e três títulos estaduais, incluindo a conquista do Catarinense, no domingo passado.

O treinador mais velho deste Brasileiro afirma que a presença dele e de outros veteranos, como Abel Braga e Luiz Felipe Scolari, mostra o quanto a experiência merece ser valorizada. “O treinador experiente é menos sujeito à pressão, sabe lidar com jogador ‘cobra criada’, consegue se impor. O comando do vestiário é fundamental”, explicou.

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