O governo de São Paulo decretou nesta terça-feira, 5, estado de emergência para a dengue, segundo a SES-SP (Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo).

A pasta confirmou a informação à ISTOÉ. A decisão foi tomada após o COE (Centro de Operações Emergências) recomendar a medida pelo fato de o estado ter atingido 300 casos confirmados da doença para cada 100 mil habitantes nesta semana.

O decreto permitirá que o Estado de São Paulo e os municípios implementem ações com maior agilidade e consigam receber recursos adicionais do governo federal. “Cada município, a partir da análise de seu cenário epidemiológico, poderá utilizar a medida estadual para decretar emergência em âmbito local”, informou a SES.

A coordenadora da CCD (Coordenadoria de Controle de Doenças), Regiane de Paula, explicou que foi apresentado o Plano de Ação à Emergência em Saúde Pública, para abordar uma sequência de ações diferenciadas a partir da experiência no enfrentamento das transmissões anuais da doença. “O plano foi construído de maneira técnica e seguindo critérios epidemiológicos, sempre se baseando na ciência. Ele nos norteará em ações dos principais eixos envolvidos no controle das arboviroses: vigilâncias epidemiológica, laboratorial e sanitária, controle vetorial, a assistência à saúde, educação/comunicação e mobilização social, para os diversos cenários de transmissão, tanto municipal, quanto regional e estadual”, completou.

O estado de São Paulo registrou, até segunda-feira, 4, 31 mortes confirmadas da doença, além disso há outros 112 óbitos em investigação, de acordo com o painel de monitoramento do governo.

As mortes confirmadas ocorreram nas cidades de Bebedouro (1), Bariri (2), Bauru (1), Pederneiras (2), Bragança Paulista (1), Campinas (1), São Paulo (2), Franca (1), Restinga (1), Marília (3), Guarulhos (3), Suzano (1), Batatais (1), Ribeirão Preto (2), Serrana (1), Mauá (1), Parisi (1), Votuporanga (1), Pindamonhangaba (2), Taubaté (2) e Tremembé (1).

Ainda segundo o monitoramento, foram notificados 361.690 casos de dengue, sendo 138.259 confirmados, 217.259 prováveis, 79 mil em investigação e 144.208 descartados.

Os principais sintomas da doença são febre, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor nos músculos) e náusea.