Após nova avaliação dos estragos causados pela torcida do Santos no Pacaembu, a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (SEME) informou nesta quinta-feira que, no total, 266 cadeiras foram danificadas pelos torcedores. E o prejuízo final será de R$ 28 mil, a ser custeado pela diretoria santista. Inicialmente a previsão era de gastos de até R$ 40 mil.

“Após a vistoria detalhada, a apuração final da comissão santista e a equipe da SEME, verificou 55 cadeiras quebradas, que precisarão ser substituídas e 211, que receberão retificação, restauração ou manutenção”, disse a secretaria, em comunicado, referindo-se às cadeiras localizadas no setor laranja da arquibancada. Na quarta, a contagem era de 100 assentos destruídos parcial ou totalmente.

Na conta também está os reparos no trecho do alambrado que foi amassado e na recuperação dos banheiros. O gramado foi atingido por bombas lançadas das arquibancadas, mas não exigirá reparo específico. “O gramado não sofreu nenhuma avaria que altere a manutenção habitual”, explicou a secretaria.

A avaliação foi realizada nesta quinta após uma visita da SEME ao estádio, na companhia de representantes do Santos e de funcionários do próprio Pacaembu. Segundo a secretaria, os estragos não vão abalar a relação da prefeitura com a direção do clube.

“A administração do clube não é condescendente com o vandalismo praticado por alguns integrantes da torcida”, declarou o secretário João Farias. O Santos voltará a jogar no estádio no dia 6 de setembro para enfrentar o Grêmio, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Os estragos no estádio aconteceram na noite de terça-feira, durante a partida contra o Independiente, da Argentina, pela partida da volta das oitavas de final da Copa Libertadores. O duelo terminou empatado sem gols, o que decretou a eliminação do time brasileiro.

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O jogo, porém, foi finalizado aos 37 minutos do segundo tempo, por decisão do árbitro chileno Julio Bascuñan, preocupado com a reação agressiva da torcida diante do resultado. Alguns torcedores entraram em conflito com a Polícia Militar, enquanto outros tentaram invadir o campo do Pacaembu, sendo que alguns deles tiveram êxito na ação, sendo posteriormente imobilizados.

A revolta dos santistas tem relação direta com a decisão da Conmebol de punir o clube brasileiro horas antes do início da partida. A entidade puniu o Santos com o placar desfavorável de 3 a 0 no duelo de ida em função da escalação irregular do uruguaio Carlos Sánchez no confronto disputado em Avellaneda e que havia terminado 0 a 0. Assim, a igualdade sem gols no Pacaembu provocou a eliminação do Santos.


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