Um colombiano acusado de matar dois homens, desmembrá-los e tentar dispersar seus restos mortais em uma ponte em Bristol, no oeste da Inglaterra, será julgado no Tribunal Criminal Central de Londres na terça-feira, em uma audiência que pode durar semanas.
Na noite de 10 para 11 de julho de 2024, policiais descobriram duas malas contendo restos humanos na famosa Ponte de Clifton, em Bristol, após terem sido avisados por um ciclista sobre um homem com uma mala agindo de forma suspeita.
O suspeito abandonou as malas na ponte antes da chegada da polícia.
O acusado, Yostin Andres Mosquera, de 35 anos, foi preso algumas horas depois e a polícia conseguiu identificar as vítimas como Paul Longworth, 71 anos, e Albert Alfonso, 62 anos, que moravam juntos em Londres.
Partes de seus corpos foram encontradas em um freezer no apartamento das vítimas.
Acusado de assassinato, Mosquera admitiu apenas o homicídio culposo de Alfonso, culpando-o pela morte de Longworth.
A promotora Deanna Heer explicou nesta quarta-feira (30), durante a audiência, que o réu não pode negar os fatos, pois filmou seu ato. Heer descreveu-o como um “ator pornográfico” que mantinha relações sexuais remuneradas com Albert Alfonso.
O acusado e as duas vítimas se conheciam, a ponto de Alfonso e Longworth terem viajado com o suspeito para a Colômbia, como evidenciado por uma foto divulgada pela imprensa britânica.
Segundo a acusação, Mosquera supostamente matou os dois homens em 8 de julho no apartamento das vítimas no subúrbio londrino de Shepherd’s Bush e depois “tentou roubá-los”.
No computador do réu, os investigadores descobriram que ele havia feito várias pesquisas na Internet antes de 8 de julho, incluindo sobre o preço da casa onde as vítimas moravam, a compra de um freezer e informações sobre assassinos em série.
Depois de usar as senhas bancárias de Alfonso, Mosquera supostamente tentou acessar as contas dele para transferir dinheiro para a sua própria conta na Colômbia.
O caso foi inicialmente classificado como “crime de ódio”, de acordo com as normas processuais, mas os elementos da investigação mostraram que “não havia motivação homofóbica”.
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