A Colômbia ultrapassou 100.000 casos do novo coronavírus na quarta-feira, quase quatro meses após o registro do primeiro caso e em um momento em que infecções e mortes pela doença dispararam, segundo o Ministério da Saúde.

A quarta economia latino-americana, com 50 milhões de habitantes, superou a barreira de 100.000 casos, relatando 4.163 novos contágios, o que eleva o número total para 102.009 infecções detectadas desde 6 de março, de acordo com o boletim diário do ministério. O país sul-americano registrou 136 mortes nesta quarta-feira, totalizando 3.470 mortes.

Desde a descoberta do primeiro paciente contaminado na Colômbia, um estudante de 19 anos da Itália, 43.407 pessoas se recuperaram.

Embora o governo conservador de Iván Duque enfatize que os números são inferiores aos de outros países da América Latina, as infecções e mortes aumentaram consideravelmente desde que o presidente ordenou que o fechamento obrigatório em vigor desde 25 de março fosse relaxado.

Dois terços de todas as infecções e mortes ocorreram em junho.

No dia 20 desse mês, houve um dia de descontos nas vendas promovido pelo governo que levou milhares de compradores às ruas.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Em sua tentativa de reviver a economia devastada, Duque permitiu o retorno de outras atividades, apesar das críticas de alguns líderes locais.

Em Bogotá, principal foco da doença, a prefeita da oposição Claudia López acredita que “praticamente” não há mais quarentena após as determinações do executivo, ainda que a ordem nacional de confinamento esteja em vigor, em princípio, até 15 de julho.

A capital de oito milhões de habitantes tem mais de 30.000 casos da doença e ultrapassa 680 mortes.

Com os números mais recentes, a Colômbia continua sendo o sexto país da América Latina no número de mortes por COVID-19 e o quinto em casos, em um momento em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o mundo entrou em um “fase perigosa” por falta de confinamento.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias