A Colômbia será anfitriã da próxima cúpula COP-16 de biodiversidade da ONU, que acontecerá entre 21 de outubro e 1º de novembro de 2024, informou a organização internacional em um boletim.

O Convênio da ONU sobre a Diversidade Biológica (CDB) decidiu em Montreal aceitar a candidatura colombiana depois que a Turquia se retirou do páreo devido aos devastadores terremotos de fevereiro.

“A Colômbia abriga uma enorme biodiversidade, é um exemplo inspirador de como interagir com os povos indígenas e as comunidades locais, e está na vanguarda da conservação e do uso sustentável da biodiversidade”, apontou David Cooper, secretário-executivo interino do CDB citado em um comunicado.

A COP16 da biodiversidade é a primeira desde o acordo histórico da cúpula de 2022 em Montreal, em que países do mundo inteiro se comprometeram a conservar 30% dos solos e oceanos do planeta até 2030.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que, na COP28 sobre o clima, instou a abandonar os combustíveis fósseis, celebrou a notícia como um reconhecimento ao seu país como “potência mundial da Vida” na rede X, antigo Twitter.

A mudança climática ameaça um número cada vez maior de espécies, com 25% dos peixes de água doce do planeta em risco de extinção, segundo a mais recente Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

Além disso, as plantas e os animais parasitários introduzidos de maneira intencional ou involuntariamente pelos humanos em novos ecossistemas estão aumentando a crise de extinção das espécies e geram perdas econômicas estimadas em centenas de bilhões de dólares por ano.

“Esta será uma grande oportunidade para uma das nações mais biodiversas do mundo”, disse Susana Muhamad, ministra do Ambiente da Colômbia, citada em um boletim. O anúncio envia “uma mensagem da América Latina sobre a importância da ação climática e a proteção da vida”, acrescentou.

Na cúpula de Montreal também surgiu o compromisso de destinar 30 bilhões de dólares (149 bilhões de reais) por ano para os países em desenvolvimento, entre os quais se encontram nações megadiversas, para conseguirem frear as causas humanas da extinção das espécies.

Diferentemente das reuniões anuais da COP sobre o clima, as COP da biodiversidade ocorrem a cada dois anos.

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