Colômbia se rebela contra turismo sexual no país

BOGOTÁ, 12 NOV (ANSA) – As autoridades colombianas iniciaram um intenso combate contra redes de prostituição infantil e o desenvolvimento paralelo do turismo sexual no país.   

O prefeito de Medellín, Federico Gutiérrez, afirmou que as prisões por crimes sexuais contra menores de idade aumentaram 1000% e que investigações envolvendo estrangeiros são cada vez mais frequentes.   

Thomas Michael Renno, um americano de 72 anos, foi condenado a quase quatro décadas de prisão por ter abusado de pelo menos cinco meninas forçadas à prostituição em Medellín entre 2016 e 2017.   

O caso foi histórico em solo colombiano, pois estabeleceu a maior pena já imposta a um estrangeiro por este tipo de crime.   

Além disso, a condenação ocorreu em meio ao crescente sentimento de indignação que a descoberta dessa rede de turismo sexual gerou em todo o país.   

Em março, novamente em Medellín, um outro americano, identificado como Timothy Alan Livingston, 36 anos, parou atrás das grades após ser descoberto pela polícia local com duas meninas de 12 e 13 anos em um hotel do município.   

Já no mês passado, o também estrangeiro Peter Francis Kennedy, investigado na Colômbia pelo crime de exploração sexual de menores e considerado um dos pedófilos mais procurados de toda a América Latina, foi preso em Buenos Aires, na Argentina.   

Kennedy abusou e estuprou dezenas de menores na cidade de Cali, onde permaneceu em um apartamento por vários meses em 2022. (ANSA).