Colômbia e Venezuela empataram em 0 a 0 nesta quinta-feira em Goiânia pela segunda rodada do Grupo B da Copa América, em duelo que premiou a sólida defesa da ‘Vinotinto’, abalada por casos de covid, e puniu a falta de criação ofensiva dos colombianos.

Em uma partida acirrada, a Colômbia perdeu a chance de manter uma campanha 100% e se garantir nas quartas de final do torneio. Enquanto a Venezuela, repleta de reservas devido ao coronavírus, mostrou que vai lutar até o fim apesar de sua falta de gols.

Juan Cuadrado não criou e faltou à Colômbia um plano B para procurar o gol de Willer Fariñez que mostrou serviço nas tentativas dos colombianos.

O empate traz esperança para a Venezuela, que soma seu primeiro ponto nesta Copa América. Com quatro pontos, a Colômbia lidera o Grupo B enquanto aguarda o duelo desta quinta-feira entre Brasil (que tenta sua segunda vitória) e Peru. O Equador, ainda sem pontos, descansa nesta rodada.

– Fariñez, muralha da ‘Vinotinto’ –

O primeiro lance da partida, disputada no Estádio Olímpico de Goiânia, terminou com a intervenção do VAR, após um ataque da Colômbia. Mas o árbitro rapidamente julgou a ação improcedente.

Como era de se esperar, os colombianos começaram atacando a Venezuela, desfigurada por mais de 10 casos de positivo para covid além da lesão que a fez perder do torneio seu artilheiro Salomón Rondón.

Uma jogada da esquerda para a direita com um belo passe de Edwin Cardona para a área, mas que acabou sem que nenhum atacante colombiano pudesse concluir a gol, disparou o alarme na Vinotinto.

Com uma linha de cinco projetada pelo português José Peseiro, a Venezuela esperou pela Colômbia de Reinaldo Rueda.

Mas o ritmo do time colombiano esfriou. Por outro lado uma chance isolada do atacante venezuelano Fernando Aristeguieta acabou nas mãos de David Ospina. Em seguida, Cardona voltou a criar perigo com um chute da entrada da área que forçou uma grande defesa de Wuilker Fariñez.

Depois de meia hora, a primeira conexão entre os companheiros no italiano Atalanta apareceu. Primeiro, uma jogada entre os dois terminou com uma defesa de Fariñez, rebote e bola por cima do travessão além de um novo chute forte e rasteiro que o goleiro defendeu novamente.

A posse de bola e os ataques da Colômbia, as defesas de Fariñez e alguma aproximação via jogo aéreo da Vinotinto resumiram o primeiro tempo sem gols.

– Faltou gol –

Uma bicicleta de Mateus Uribe colocou mais uma vez Fariñez em alerta no início da segunda etapa.

Na frente, Peseiro movimentou o banco com a entrada de Yangel Herrera, no lugar de Manzano e Rueda também mexeu com as saídas de Cardona e Luis Muriel para dar entrada a Luis Dìaz e Jaminton Campaz.

Mas as mudanças não alteraram a dinâmica da equipe e Rueda quis mais, tirando Zapata para a entrada de Miguel Angel Borja.

Em campo, a irritaão da Colômbia ficou evidente em uma falta forte que terminou em uma briga entre as duas equipes. O clássico esquentou mas o bom futebol continuou sem dar as caras.

Uma cabeçada nas mãos de Fariñez, um gol anulado e uma ou outra chegada com mais entusiasmo do que futebol dos colombianos fechou o jogo e disparou um alerta na Colômbia que vacilou no ataque diante de um adversário cheio de jogadores reservas.

gfe/ma/aam