O governo da Colômbia calculou nesta sexta-feira que a missão da ONU para monitorar as zonas de concentração da guerrilha das Farc após a assinatura da paz será de 400 a 450 pessoas, afirmou a chanceler colombiana, María Ángela Holguín, falando à Caracol Radio.

Holguín detalhou que o acordo assinado na véspera pelos negociadores do governo de Juan Manuel Santos e as Forças Revolucionária da Colômbia (Farc) sobre o cessar-fogo bilateral e definitivo e o desarmamento dos rebeldes era o que as Nações Unidas precisavam para acaba de definir como será sua missão.

Dessa forma, uma vez estabelecido que serã 23 as zonas nas quais os guerrilheiros se concentrarão depois da assinatura da paz, onde entregarão progressivamente suas armas à ONU, o organismo multilateral poderá começar em poucos dias su operação no terreno.

Indagada sobre quem pagará pelos custos da missão e da manutenção e instalação das zonas de concentração das Farc, Holguín afirmou que “normalmente as missões das Nações Unidas correm por conta das Nações Unidas”.

Na véspera, o governo da Colômbia e a guerrilha das Farc assinaram um histórico acordo de cessar-fogo e de desarmamento bilateral e definitivo, um passo crucial para o fim do conflito armado mais antigo da América.

Durante mais de cinco décadas, o conflito colombiano envolveu guerrilhas, paramilitares e agentes do Estado, deixando 260.000 mortos, 45.000 desaparecidos e 6,9 milhões de deslocados.

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