A Procuradoria Geral da República abriu uma investigação sobre as ameaças de morte que teria recebido William Tesillo, lateral-esquerdo da seleção colombiana que errou a cobrança de pênalti que provocou a eliminação da equipe diante do Chile nas quartas de final da Copa América.

“Para as pessoas que perguntaram sobre supostas ameaças contra William Tesillo, uma investigação foi aberta sem queixa formal por ser um fato de conotação nacional. Foi assumido pelo Gabinete de Apoio à Segurança do Cidadão do Gabinete do Procurador Geral da Nação”, confirmou a procuradoria à agência de notícias The Associated Press.

A seleção dirigida pelo português Carlos Queiroz estava entre as favoritas para obter o título do torneio no Brasil, mas caiu por 5 a 4 nos pênaltis após o empate por 0 a 0 nos 90 minutos. Tesillo, que perdeu a quinta cobrança, recebeu ameaças em mensagens na internet, assim como sua esposa.

A decisão de abrir uma investigação sem queixa formal lembra o caso do ano passado, quando também surgiram ameaças, naquela oportunidade contra Carlos Alberto Sánchez, expulso nos minutos iniciais da derrota por 2 a 1 para o Japão na fase de grupos da Copa do Mundo da Rússia.

Tesillo chegou em Bogotá com a seleção no sábado. Daniela Mejía, sua esposa, denunciou as ameaças no domingo, através de redes sociais. Ela revelou algumas das ameaças em sua conta no Instagram e reproduziu uma que aludia ao assassinato de Andrés Escobar, um defensor que marcou um gol contra no duelo em que a Colômbia perdeu por 2 a 1 para os Estados Unidos na fase de grupos da Copa do Mundo de 1994, um resultado decisivo para a eliminação da equipe. O jogador foi morto quando deixava uma boate em Medellín.

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