WASHINGTON, 30 JAN (ANSA) – Um avião comercial colidiu com um helicóptero militar pouco antes de pousar no Aeroporto Ronald Reagan, em Washington, capital dos Estados Unidos, e caiu no rio Potomac na noite de quarta-feira (29). Pelo menos 19 pessoas morreram na tragédia, balanço que está destinado a se agravar, enquanto quatro escaparam com vida.
A aeronave civil, um CRJ-701 fabricado pela canadense Bombardier, voava desde Wichita, no Kansas, com 64 pessoas a bordo (60 passageiros e quatro tripulantes) e era operada pela PSA Airlines, subsidiária da American Airlines, uma das principais companhias aéreas dos EUA.
Já o helicóptero militar envolvido no acidente era um Black Hawk, ou Sikorsky H-60, um dos modelos mais utilizados pelas Forças Armadas americanas. A aeronave levava três militares, cujo destino ainda é desconhecido, e realizava um voo de treinamento.
Até o momento, os socorristas retiraram 19 corpos do rio Potomac, mas o chefe do Corpo de Bombeiros de Washington, John Donnelly, disse que as operações de busca podem durar vários dias e são atrapalhadas pelo frio intenso na capital.
Já o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lamentou a tragédia e afirmou que ela poderia ter sido evitada.
“O avião estava em uma linha perfeita e de rotina para se aproximar do aeroporto. O helicóptero foi em direção ao avião por um longo período de tempo. Era uma noite clara, as luzes do avião estavam brilhando, por que o helicóptero não foi para cima, para baixo ou não virou? Por que a torre de controle não disse ao helicóptero o que fazer em vez de perguntar se eles tinham visto o avião? Essa situação é muito ruim e parece que poderia ter sido prevenida”, escreveu o magnata na rede social Truth.
O avião se aproximava do aeroporto com uma velocidade de cerca de 225 quilômetros por hora, a uma altitude de 400 pés (120 metros), quando perdeu altura repentinamente sobre o rio Potomac. Poucos minutos antes, a torre de controle havia perguntado à tripulação se seria possível usar uma pista mais curta no Ronald Reagan, e os pilotos responderam que sim.
Menos de 30 segundos antes da colisão, um controlador de tráfego aéreo perguntou aos militares do helicóptero se eles haviam visto o CRJ-701.
A aeronave da American Airlines transportava atletas e técnicos de patinação artística dos Estados Unidos, incluindo os russos radicados nos EUA Evgenia Shishkova, Vadim Naumov e Inna Volyanskaya. “Nossas condolências à famílias e aos amigos que perderam entes queridos”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
Já o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, expressou solidariedade ao governo e ao povo dos Estados Unidos pelo “terrível acidente ocorrido em Washington”. “Nossas orações estão com vocês”, acrescentou.
(ANSA).