São Paulo, 14 – A colheita da safra de soja 2024/25 em Mato Grosso do Sul alcançou 778.673 hectares, o equivalente a 17,3% da área total, segundo dados do Projeto Siga-MS, da Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja/MS). Apesar do avanço, cerca de 1,9 milhão de hectares, ou 43% da área, estão comprometidos pelo estresse hídrico.
“Nos últimos sete dias, o Estado registrou precipitações consideráveis, com acumulados variando entre 8 e 73 milímetros. Essas chuvas foram fundamentais para a manutenção dos cultivos nas regiões mais afetadas pela estiagem. Graças a isso, as condições das lavouras permaneceram praticamente estáveis”, afirmou, em nota, o coordenador técnico da Aprosoja/MS, Gabriel Balta.
O levantamento mostra que a colheita está mais adiantada na região sul, onde 20,8% da área foi colhida. Na região centro, o índice é de 18%, enquanto no norte apenas 2,6% da área foi colhida até o momento. “O pico da colheita começa nesta semana, entre os dias 14 de fevereiro e 14 de março. Nesse período, espera-se colher aproximadamente 79% da área estimada”, destacou Balta.
A expectativa para a safra 2024/2025 é de um crescimento de 6,8% em relação ao ciclo anterior, alcançando 4,501 milhões de hectares. A produtividade média prevista é de 51,7 sacas por hectare, o que deve resultar em uma produção total de 13,977 milhões de toneladas.
As condições das lavouras variam conforme a região. No norte, 90% das áreas apresentam boas condições, enquanto 9,5% estão regulares e 0,5%, ruins. No sul, o cenário é mais crítico, com 37% das áreas em condição regular, 33,5% ruins e 28,8% boas. No sudoeste, 49,3% das lavouras estão em boas condições, 37,7% regulares e 13% ruins. Na região sul-fronteira, 29,9% das áreas são boas, 25,2% regulares e 45% estão comprometidas.
Paralelamente à colheita da soja, a Aprosoja/MS monitora o plantio do milho segunda safra 2024/2025. Até agora, 15% da área total foi plantada na região centro, 14% no sul e 1,2% no norte. “É importante que o plantio seja feito o mais cedo possível dentro da janela, preferencialmente até o fim de fevereiro, para reduzir os riscos de déficit hídrico nas fases críticas, como o florescimento e o enchimento de grãos”, ressaltou Balta.
A estimativa é que a área plantada com milho segunda safra alcance 2,103 milhões de hectares, com produtividade média de 80,8 sacas por hectare e produção projetada de 10,199 milhões de toneladas, 20,6% acima do registrado na safra anterior.