São Paulo, 27 – A colheita da safra brasileira de soja 2024/25 avançou com um pouco mais de fôlego na semana passada, puxada novamente pelo Paraná. Levantamento da AgRural mostra que 3,9% da área estimada para o Brasil estava colhida até a quinta-feira, 23, índice mais baixo para esta época do ano desde a safra 2020/21. Uma semana antes, 1,7% da área estava colhida. Para o ano passado, o índice é de 10,8%. “Em Mato Grosso, a redução das chuvas ajudou, mas o atraso no Estado ainda é grande e a soja chega aos armazéns com umidade alta”, avaliou a consultoria em nota.
O Paraná manteve-se na dianteira, seguido de longe por Mato Grosso do Sul. Nos dois Estados, o ritmo da colheita é favorecido pelo tempo mais seco das últimas semanas, que encurtou o ciclo das lavouras, mas também reduziu as produtividades em algumas regiões, disse a AgRural.
Na semana passada, a consultoria atualizou a sua previsão de safra para 171 milhões de toneladas, 500 mil toneladas inferior à estimativa do começo de dezembro devido a cortes de produtividade em Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul. No entanto, a redução foi compensada por um incremento em Mato Grosso, que tem excelente safra, apesar da possível perda de qualidade dos grãos caso as chuvas voltem a cair de forma constante e sem aberturas de sol durante o mês de fevereiro.
A colheita do milho primeira safra 2024/25 atingiu 9% da área cultivada no Centro-Sul do Brasil, contra 4% uma semana antes e 12% um ano atrás, de acordo com dados levantados pela AgRural. Os trabalhos seguem concentrados nos Estados do Sul, que plantam e colhem antes.
Já o plantio da área estimada para a safrinha 2025 de milho do Centro-Sul do Brasil estava 2,2%, ante 0,3% na semana anterior e 11,4% um ano atrás. Com Mato Grosso ainda lento devido ao atraso na colheita da soja, quem puxa o ritmo é o Paraná, conforme o levantamento.