O Tesouro Nacional encerrou o mês de fevereiro com R$ 1,119 trilhão no chamado “colchão da dívida”, a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros. O valor observado em março é 19,96% maior em termos nominais que os R$ 933,22 bilhões que estavam na reserva em fevereiro. O montante ainda quase o dobro do observado em março de 2020 (R$ 610,78 bilhões).

“O nível atual é suficiente para mais de 7 meses à frente de vencimentos, e cabe destacar que os meses de abril e maio de 2021 concentram vencimentos estimados em R$ 435,0 bilhões”, informou o Tesouro.

A divulgação do valor exato do “colchão da dívida” foi adotada no início deste ano e é uma iniciativa do Tesouro para elevar a transparência sobre esse dado, que serve de termômetro para saber se o País tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa.

No início da pandemia da covid-19, o elevado colchão de liquidez foi essencial para que o Tesouro pudesse se abster de emitir grandes volumes de títulos num momento de forte volatilidade do mercado, o que poderia resultar em custo elevado de financiamento.

No ano passado, o Tesouro encerrou com um colchão da dívida até acima do observado em 2019 (R$ 836 bilhões), após aproveitar uma janela favorável para emissões no fim do ano.

No início de 2020, o órgão ressaltou que o montante no colchão da dívida já era suficiente para honrar todos os vencimentos previstos para o primeiro semestre de 2021. O objetivo é manter, ao longo de 2021, o colchão de liquidez acima de seu nível prudencial.

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O Tesouro Nacional ressaltou ainda que não define metas para o tamanho mínimo da reserva de liquidez.


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