Setenta e três pessoas morreram no desabamento de uma galeria de uma mina de ouro no oeste do Mali na última sexta-feira (19), disseram à AFP um encarregado de uma empresa de mineração local e um vereador do município nesta quarta (24).

“Começou com um barulho. A terra começou a tremer. Eram mais de 200 garimpeiros. O trabalho de busca terminou. Encontramos 73 corpos”, disse à AFP Oumar Sidibé, um dos responsáveis pelos garimpeiros de Kangaba.

Um vereador local confirmou o trágico balanço.

Em comunicado publicado na terça-feira (23), o Ministério das Minas informou a morte de vários garimpeiros, mas não informou números precisos. O governo ofereceu “suas mais tristes condolências às desconsoladas famílias e ao povo do Mali”.

Da mesma forma, o ministério convidou “as comunidades próximas aos locais de mineração e aos garimpeiros a respeitarem escrupulosamente as medidas de segurança e a trabalharem apenas dentro dos perímetros dedicados à extração de ouro”.

Um dos países mais empobrecidos do mundo, o Mali é um dos principais produtores de ouro da África.

Suas minas de ouro costumam ser palco de deslizamentos de terra mortais, que mancham uma atividade perigosa, muitas vezes realizada de forma caseira e que não é suficientemente controlada pelas autoridades.

Com 72,2 toneladas produzidas em 2022 (seis das quais resultantes da extração artesanal), o ouro contribuiu em 25% para o orçamento nacional.

Além disso, representou 75% das receitas derivadas das exportações, e 10%, do Produto Interno Bruto, conforme indicado em março de 2023 por Lamine Seydou Traoré, agora ex-ministro das Minas.

sd-kmt-amt/blb/jvb/avl/zm/tt/aa