Tem coisas difíceis de explicar nesse mundo.

OVNIs, por exemplo.

Verdade que essa história já virou até clichê.

Isso de nunca aparecer um vídeo em alta resolução.

Só umas imagens fora de foco de uns negócios cheios de luzinhas voando.

E isso com celulares com câmeras de altíssima resolução.

Coisa esquisita isso.

Tem também esse pessoal todo que foi abduzido.

Sempre alguém do interior, numa pickup em uma estrada de terra, já notou?

Existe um mistério que supera tudo que não entendo.

Nunca abduziram ninguém na Paulista na hora do almoço.

Além disso, nenhuma dessas vítimas surrupiou, sei lá, um cinzeiro da nave, só para não passar por mentiroso.

É mesmo difícil de acreditar que estamos à mercê de uma invasão alienígena.

O fato é que a gente não consegue ter ideia da imensidão do Universo, mas com galáxias, estrelas e planetas, aos trilhões, é praticamente impossível que não exista outro lugar cheio de anões verdes em algum canto do cosmos.

Esse é mais outro clichê pois, como disse o astrofísico-celebridade Neil deGrasse Tyson, quanto maior o Universo, mais difícil outra civilização nos encontrar.

Além disso, os 13.8 bilhões de anos do Universo também são uma complicação, pois significa que pode ter existido uma civilização que simplesmente já desapareceu.

Uma civilização avançadíssima, que talvez tenha até tenha nos visitado muito antes dos dinossauros e hoje simplesmente não existe mais.

Mas se os OVNIs não existem, o que dizer daqueles vídeos que a marinha americana divulgou? Aqueles onde pilotos de caça conseguem travar naves desconhecidas no radar e acompanhá-las à velocidades impossíveis para nossa tecnologia.

E ainda tem o ET de Varginha.

Coisa esquisita isso.

Agora, não é só de outros planetas que vem o inexplicável.

O mistério às vezes é daqui mesmo.

Sobre o Big Foot nem vou me estender muito, porque não tem a ver com nossa cultura.

Mas, por exemplo, fomos capazes de colocar um carrinho de controle remoto em Marte e não conseguimos explicar como construíram as pirâmides.

E Marte lembra quem? Claro. Elon Musk.

Esse fanfarrão foi capaz de fabricar carros elétricos que dirigem sozinhos, fazer foguetes que voltam e aterrissam, mas não perdeu 15 minutos para inventar uma maquininha de dentista que não faça barulho nem dê calafrios.

Coisa esquisita isso.

Só que existe um mistério que supera qualquer outro.

Um mistério que está além da minha compreensão e assombra meus dias.

Alguém, por favor, me explique, como é que em fevereiro de 2024 ainda existem bolsominions no mundo.

Digo “mundo” mas estou me referindo ao Brasil e a Miami.

São esses que me tiram o sono. De verdade.

Por que até outro dia, a gente tinha milhares de provas de que o sujeito não seria adequado para comandar um país.

Mas ainda assim, dava para entender que o ódio ao Lula cegasse o eleitor e o fizesse buscar outra alternativa, por mais estapafúrdia que fosse.

Ou que a aversão a uma suposta ameaça comunista conseguisse fazer algumas mentes mais frágeis apostar num sujeito que, além de ter como herói um torturador, provou ser homofóbico, misógino e racista, através de inúmeras declarações.

Mas agora acabou, gente.

O mito perdeu a eleição.

Lula assumiu, nossa bandeira continua verde e amarela e não estamos nem próximos de virar a Venezuela.

Aí tem a cereja do bolo: basta assistir ao vídeo da reunião ministerial para testemunhar o ex-presidente arquitetando um golpe à democracia.

Então eu pergunto: como é que depois de tantas e tantas provas ainda existem alienígenas que apoiam este homem?

Coisa esquisita isso.