A Coinbase divulgou um prejuízo surpreendentemente grande pelo segundo trimestre consecutivo, gerado pelo tombo que as moedas digitais sofreram durante a primavera nos EUA. No segundo trimestre, a Coinbase sofreu perda líquida de US$ 1,1 bilhão, equivalente a US$ 4,98 por ação, revertendo lucro de US$ 1,6 bilhão (US$ 6,42 por ação) de igual período do ano passado. Já a receita entre abril e junho diminuiu para US$ 808 milhões, ante US$ 2,2 bilhões um ano antes.

Analistas esperavam que a maior casa de câmbio digital dos EUA tivesse prejuízo por ação bem menor, de US$ 2,47, segundo a FactSet.

Após a publicação do balanço, no fim da tarde de terça-feira, a ação da Coinbase teve queda de cerca de 5% nos negócios do after hours, para US$ 83. Em abril de 2021, quando a empresa abriu capital, a ação começou a ser negociada a US$ 381.

O setor, de modo geral, foi fortemente atingido por uma liquidação de criptomoedas que teve início em novembro do ano passado. Empresas como Celsius Network e Voyager Digital Holdings entraram com pedido de concordata. Além disso, outras 20 firmas menores encerraram as operações.

O segundo trimestre foi o pior da curta história das criptomoedas. O problema começou no início de maio, com o colapso da chamada stablecoin TerraUSD e da criptomoeda Luna.

A turbulência se espalhou rapidamente, levando empresas de criptomoedas, que até então vinham se expandindo rapidamente, a cortar empregos, interromper fusões e impedir clientes de resgatar seus investimentos. No período de três meses, o valor total do mercado de criptomoedas encolheu 56%.

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