COI usa estudo japonês para apontar que Olimpíada não agravou pandemia no Japão

COI usa estudo japonês para apontar que Olimpíada não agravou pandemia no Japão

O Japão precisou adotar sérias medidas durante a realização dos Jogos de Tóquio no último ano em Tóquio. Em meio ao crescente número de casos de covid no país, o maior evento esportivo do mundo foi realizado e a quantidade de testes positivos para a doença aumentou consideravelmente.

Entretanto, um estudo usado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) apontou que a Olimpíada não contribuiu para o aumento de infecções pelo novo coronavírus no Japão. A tese foi usada a partir de dados do governo japonês entre julho e agosto.

Nesse período, o Japão viu uma escalada de casos de covid durante o evento. Mesmo assim, o estudo aponta que a maioria dos testes positivos entre julho e agosto foram causados pela variante AY. 29, que deve ter entrado no país por meio da cepa Delta em maio de 2021.

“Não há evidências de que o vírus foi espalhado para o resto do mundo pelos participantes de Tóquio em 2020. E a ausência de uma epidemia diferente de AY.29 no Japão significa que as cepas de vírus trazidas pelos participantes não se espalharam no Japão”, afirmou Saito Tomoya, diretor do Centro de Preparação e Resposta a Emergências do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão.

“No geral, parece não haver impacto direto e negativo na epidemia em Tóquio durante os Jogos”, continuou Saito. Durante as Olimpíadas, foram identificados 464 casos positivos entre credenciados, o que inclui não apenas atletas e comissões técnicas, mas também trabalhadores diretos e indiretos. Entre esportistas, foram 33 casos, nenhum grave. Ninguém morreu.

O estudo foi avaliado por pares que não participaram da avaliação e foi atestado pelo sistema de controle.

“Esses resultados endossam a abordagem, defendida pela Organização Mundial da Saúde, de que lidar e gerenciar a pandemia da covid depende do uso de todas as opções disponíveis: saúde pública e medidas sociais, testes robustos e sistemas de rastreamento e vacinação”, comentou o médico Brian McCloskey.