O Comitê Olímpico Internacional pediu à candidatura de Estocolmo aos Jogos Olímpicos de Inverno de 2026 “esclarecimentos” sobre as garantias financeiras fornecidas, a apenas alguns dias da escolha da sede, de acordo com informações do COI às quais se teve acesso nesta quarta-feira.

O COI vai escolher na segunda-feira em Lausanne a cidade-sede dos Jogos de Inverno de 2026, num momento em que restam apenas duas candidaturas: Milão/Cortina d’Ampezzo (Itália) e Estocolmo/Are.

Em uma carta endereçada no dia 14 de junho ao comitê de candidatura sueca, o COI pediu “esclarecimentos” a respeito especialmente das garantias elencadas em uma correspondência enviada por Estocolmo no dia 12 de junho, indicou à AFP Christophe Dubi, diretor-geral dos Jogos do COI.

A entidade está particularmente preocupada com a ausência de comprometimentos obrigatórios de certos municípios suecos.

“Nós recebemos um certo número de cartas de intenção e de garantias não obrigatórias, estas não representam compromissos obrigatórios o que gera um risco acerca da entrega da Vila Olímpica”, diz o COI em uma carta que a AFP consultou junto a outra fonte.

“Nós temos um diálogo permanente, positivo e construtivo com o COI, por email e por correspondência”, indicou um porta-voz da candidatura sueca, entrevistado pela AFP.

“Conversamos com eles com frequência”, acrescentou Dubi. “No relatório da comissão de avaliação (publicado no dia 24 de maio), cada um pode ler que faltavam elementos. Trabalhamos então com garantias. Como é de costume, é preciso aperfeiçoar”.

Com orçamentos de funcionamento de cerca de 1,5 bilhão de dólares (1,3 bilhão de euros) que no entanto não integram as despesas de equipamentos, os orçamentos propostos ao mesmo tempo por Milão e por Estocolmo são “inferiores a 20% em média a aqueles das cidades candidatas para 2018 e 2022”, destacou o relatório da comissão de avaliação. O COI vai trazer uma contribuição de cerca de 650 milhões de dólares (aproximadamente 580 milhões de euros) ao orçamento de funcionamento.

Fora da contribuição do COI, se os Jogos forem atribuídos a Estocolmo serão financiados “em 100% pelo setor privado”, indica ainda o relatório da comissão de avaliação.

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