Os contratos futuros de cobre operam em baixa, pressionado por preocupações com a China e pelo recuo nos preços do petróleo.

O economista-chefe do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), Ma Jun, advertiu nesta quarta-feira para os riscos dos crescentes níveis de endividamento de empresas do país, após apontar que houve um número inusualmente alto nos empréstimos às companhias no primeiro trimestre deste ano. Em meio às preocupações, as bolsas chinesas fecharam em queda. A China responde por cerca de 45% da demanda global por cobre.

Enquanto isso, o petróleo voltou a cair depois que trabalhadores do setor no Kuwait anunciaram o fim de uma greve que durou três dias. A commodity também sofre pressão do relatório semanal da associação de refinarias API divulgado ontem, que mostrou aumento de 3,1 milhões de barris nos estoques de petróleo bruto nos EUA.

O cobre e o petróleo frequentemente são negociados juntos por fundos, em uma cesta de commodities, com peso maior para o petróleo. Como resultado, grandes movimentos no petróleo acabam afetando o preço do cobre.

“Os preços dos metais estão com leve queda nesta manhã, mantidos em xeque pelo declínio do petróleo e pela fraqueza dos mercados de ações chineses”, afirmaram analistas do Commerzbank.

Alguns analistas preveem mais recuo nos preços dos metais adiante. “Embora estejamos confortáveis com a perspectiva de médio prazo para os metais básicos, no curto prazo alguma consolidação pode ser vista”, comentou William Adams, diretor de pesquisa da Fastmarkets.

Por volta das 8h30 (de Brasília), na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses caía 0,2%, para US$ 4.927,50 por tonelada, depois de atingir a máxima em três semanas, de US$ 4.953 por tonelada, no começo da sessão. Na Comex, o cobre para maio recuava 0,45%, para US$ 2,2135 por libra-peso.

Entre outros metais básicos negociados na LME, o alumínio subia 0,9%, para US$ 1.601 por tonelada; o zinco caía 0,5%, para US$ 1.926,50 por tonelada; o níquel declinava 0,3%, para US$ 9.240 por tonelada; o chumbo avançava 0,4%, para US$ 1.768,50 por tonelada; e o estanho tinha alta de 0,4%, para US$ 17.210 por tonelada.