Cobre opera em queda, diante da valorização do dólar

Os preços do cobre operam em queda na manhã desta terça-feira. A valorização do dólar pressiona os contratos do metal, já que com isso eles se tornam mais caros para os detentores de outras moedas. Além disso, investidores mostram menor apetite por risco, em uma manhã negativa também para os mercados acionários e o petróleo.

Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses caía 0,64%, a US$ 4.526 a tonelada, perto das 7h (de Brasília). Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para julho tinha queda de 0,80%, a US$ 2,0370, às 7h44.

O índice para o dólar, que mede a divisa ante uma cesta de outras, avança nesta manhã. Quando o dólar fica mais forte, em geral o cobre e outras commodities denominadas na moeda dos EUA ficam pressionadas. O analista de pesquisa em commodities Carsten Menke, do Julius Baer, disse que o mercado de cobre parece em grande medida apenas refletir o desempenho do dólar nesta manhã.

A fraqueza do mercado de ações e também a queda do petróleo pressionam os metais básicos. Há cautela nos mercados globais, diante de incertezas antes de reuniões de bancos centrais, entre eles o Federal Reserve, o banco central norte-americano. Além disso, no dia 23 o Reino Unido vota um plebiscito para decidir se continua ou deixa a União Europeia, o que também motiva a busca por ativos de maior segurança.

Na sexta-feira, o cobre atingiu seu patamar mais baixo desde fevereiro, por causa do aumento nos estoques da China, maior consumidor do mundo. “O mercado de cobre continua com excesso de oferta”, afirmou Menke.

Entre outros metais negociados na LME, o alumínio subia 0,50%, a US$ 1.607,50 a tonelada, o zinco caía 2,19%, a US$ 2.032,50 a tonelada, o níquel tinha alta de 0,11%, a US$ 8.860 a tonelada, o chumbo tinha queda de 0,85%, a US$ 1.700 a tonelada, e o estanho recuava 0,12%, a US$ 17.045 a tonelada. Fonte: Dow Jones Newswires.