Os metais básicos operam em território negativo na manhã desta terça-feira, diante da força do dólar. Além disso, há temores sobre o comércio global que colaboram para conter o apetite dos investidores.

Às 7h15 (de Brasília), o cobre para três meses recuava 1,2%, a US$ 5.879 a tonelada, na London Metal Exchange (LME), aproximando-se das mínimas em 13 meses em agosto. Às 7h27, o cobre para dezembro caía 2,06%, a US$ 2,6160 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Investidores aguardam notícias sobre o comércio nesta semana, já que o diálogo entre Estados Unidos e Canadá recomeça nesta quarta-feira. O presidente americano, Donald Trump, chegou a ameaçar excluir o Canadá do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês), o que pressionou ações na Europa e na Ásia na segunda-feira, quando houve feriado com mercados fechados nos EUA.

A pressão geopolítica soma-se à recente fraqueza entre moedas de mercados emergentes para impulsionar o dólar. As commodities são negociadas na divisa americana e, nesse caso, ficam mais caras para os detentores de outras moedas. A força do dólar é fator chave por trás do recuo dos metais de hoje, segundo Norbert Rücker, diretor de pesquisas em macro e commodities do Julius Baer. Corretor da Marex Spectron, Alastair Munro afirmou que os mercados de metais também reagem a sinais modestos de indicadores regionais da China. Há ainda o temor sobre as tensões comerciais entre EUA e a potência asiática, já que a China é responsável por mais da metade da demanda global por cobre.

Entre outros metais básicos negociados na LME, o zinco caía 0,79%, a US$ 2.441 a tonelada, o alumínio tinha baixa de 0,12%, a US$ 2.087,50 a tonelada, o estanho recuava 0,19%, a US$ 18.755 a tonelada, o níquel cedia 1,80%, a US$ 12.565 a tonelada, e o chumbo caía 0,99%, a US$ 2.107,50 a tonelada. Fonte: Dow Jones Newswires.