Os futuros do cobre operam em direções contrárias nesta quinta-feira, com o metal negociado em Londres exibindo leve alta impulsionado pelo dólar fraco, enquanto o cobre em Nova York recua pressionado pela perspectiva de desaceleração da economia dos EUA, que é o segundo maior comprador da commodity do mundo. Neste cenário, os investidores seguem cautelosos no aguardo pela divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano.

Na London Metal Exchange (LME), o contrato de cobre para três meses subia 0,4%, a US$ 4.905,00 a tonelada, perto das 8h00 (de Brasília). Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para maio caía 0,34%, a US$ 2,2090 a libra-peso, às 8h50.

Após a conclusão da reunião de dois dias do Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA), o dólar aprofundou as perdas, uma vez que o cronograma para futuros aumentos da taxa de juros norte-americanas ainda não está claro. Um aumento nas taxas normalmente fortalece o dólar. Como o cobre é negociado em dólar, a matéria-prima se torna mais barata aos detentores de outras moedas cada vez que a divisa norte-americana desvaloriza.

“O Fed fez comentários cautelosos sobre como pretende proceder no futuro e não deu nenhuma indicação de qualquer subida das taxas em junho”, disse o Commerzbank AG em uma nota. “Acreditamos que o Fed não aumentará as taxas de juros até a segunda metade do ano”, acrescentou.

Além de o Fed não ter sinalizado um aumento dos juros em junho, a autoridade monetária destacou ainda uma desaceleração da economia doméstica, o que pesou nos negócios do metal em Nova York, uma vez que os EUA é o segundo maior consumidor mundial de metais, atrás da China. Daqui pra frente, os investidores seguem atentos com a divulgação do PIB dos EUA no primeiro trimestre, que será conhecido hoje. A expectativa é de alta de 0,7%, mas caso o resultado fique abaixo do esperado, os preços do cobre podem cair ainda mais, apontam analistas.

Além disso, outro ponto que tem limitado a melhora do metal é a fraca negociação nos mercados acionários asiáticos. Na China, o índice Shanghai Composto fechou em baixa de 0,3%, indicando aversão ao mercado para os chamados ativos de risco como o cobre.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Entre outros metais básicos negociados na LME, o alumínio subia 0,20%, a US$ 1.647,00 a tonelada, o zinco recuava 0,5%, a US$ 1.877,50 a tonelada, o níquel caía 0,4%, a US$ 9.165 a tonelada, o chumbo estava estável a US$ 1.734 a tonelada e o estanho tinha baixa de 0,8%, a US$ 16.935 a tonelada.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias