Os contratos futuros de cobre operam em baixa na manhã desta segunda-feira, depois que dados chineses confirmaram que o crescimento da segunda maior economia do mundo está em desaceleração.

Por volta de 9h30 (de Brasília), na London Metal Exchange (LME), a tonelada do cobre para entrega em três meses recuava 0,92%, para US$ 6.000,00 por tonelada. Já no pregão eletrônico da Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o cobre para março caía 1,18%, para US$ 2,6870 por libra-peso.

A economia chinesa apresentou expansão no ritmo mais lento em 28 anos em 2018, prejudicada pelas disputas comerciais do país com os Estados Unidos. A taxa de crescimento de 6,6% no ano passado marcou uma perda de fôlego mais acentuada do que Pequim esperava. O crescimento do quarto trimestre de 6,4% pesou sobre o nível geral da economia chinesa.

O conflito comercial de Pequim com Washington também atingiu as perspectivas para os exportadores chineses, com empresas atrasando investimentos e contratações. Dentro desses números, a produção industrial desacelerou de 6,6% em 2017 para 6,2% no ano passado, marcando a mais lenta expansão da indústria desde 2009. “O fato de os números que tivemos hoje estarem em linha com as estimativas dos analistas é relativamente positivo, dado o pessimismo geral em relação às expectativas”, disse o diretor global de estratégia de mercados de commodities do BNP Paribas, Harry Tchilinguirian.

Recentemente, a China sinalizou sua intenção de combater uma desaceleração com várias medidas de estímulos, incluindo uma extensão redução de impostos. Outras manchetes sobre essas medidas, bem como negociações comerciais cautelosamente otimistas entre os governos Trump e Xi Jinping, provavelmente impulsionarão os preços do cobre nas próximas semanas. No entanto, embora as conversas tenham mostrado algum progresso, a questão da propriedade intelectual continua no ar e pode complicar as negociações.

Entre outros metais negociados na LME, o alumínio para entrega em três meses subia 0,16%, para US$ 1.873,00 por tonelada; o zinco avançava 0,12%, para US$ 2.584,00 por tonelada; o estanho caía 0,10%, para US$ 20.595,00 por tonelada; o níquel recuava 0,30%, para US$ 11.775,00 por tonelada; e o chumbo ganhava 0,70%, para US$ 2.009,00 por tonelada. Fonte: Dow Jones Newswires.