O cobre opera em território negativo nesta terça-feira, assim como outros metais básicos, diante de mais um episódio na escalada retórica no comércio entre Estados Unidos e China. Além disso, o câmbio influi no movimento.

Na London Metal Exchange (LME), o cobre para três meses caía 1,70%, a US$ 6.855 a tonelada, às 6h (de Brasília). Às 7h47, o cobre para julho recuava 1,62%, a US$ 3,0595 a libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

O presidente americano, Donald Trump, ameaçou na noite da segunda-feira impor novas tarifas contra produtos chineses, no valor de US$ 200 bilhões. A medida é tomada após a imposição de tarifas sobre US$ 50 bilhões em importações chinesas, adotadas na semana passada pelos EUA para punir a China por supostas práticas comerciais injustas de Pequim.

“Ressurgiram os temores de uma potencial guerra comercial entre China e EUA”, o que prejudica os preços do cobre, disse Sam Crittenden, analista da RBC Capital Markets.

O cobre o outras commodities vinham mostrando relativa resistência, diante das tensões comerciais. Mas uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo é uma importante ameaça em potencial para as matérias-primas.

Além disso, o dólar se fortalece em geral nesta manhã, com a maior cautela e uma postura mais favorável a um aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que elevou juros na semana passada. As commodities são cotadas em dólar e, quando a moeda se valoriza, ficam mais caras para os detentores de outras divisas.

Entre outros metais básicos negociados na LME, o zinco caía 1,1%, a US$ 3.036 a tonelada, o alumínio recuava 1,3%, a US$ 2.198 a tonelada, o estanho tinha baixa de 0,9%, a US$ 20.415 a tonelada, o níquel caía 2,2%, a US$ 14.650 a tonelada, e o chumbo recuava 0,3%, a US$ 2.431 a tonelada. Fonte: Dow Jones Newswires.