O Comitê Olímpico do Brasil (COB) estima distribuir R$ 95 milhões a 34 confederações esportivas no próximo ano, valor 7,1% maior que o de 2017. O montante diz respeito apenas aos repasses da Lei Agnelo-Piva. A destinação a cada uma das entidades será definida por critérios técnicos, e esportes que tiveram melhor desempenho nos dois últimos Jogos Olímpicos terão participação maior no rateio.

Nesta terça-feira, o COB apresentou 11 “critérios técnicos” que serão considerados para fins de distribuição. Dentre eles, o desempenho nas duas últimas edições dos Jogos Olímpicos ganhou maior peso – antes, eram levados em conta a participação nas três últimas olimpíadas. Resultados dos mundiais de cada categoria nos últimos quatro anos, desempenho nos Jogos Pan-Americanos e um “ranking” de efetividade na prestação de contas das entidades também serão considerados.

A cor da medalha nos Jogos Olímpicos dará pesos diferentes no critério de distribuição de dinheiro. No último ciclo olímpico, o COB baseou seu ranking de medalhas em pódios, independentemente se a medalha era de ouro, prata ou bronze. Mas agora levará em conta o lugar no pódio para alocar mais recursos a determinada confederação.

Do total de R$ 95 milhões, metade do valor (R$ 47,5 milhões) será dividido igualmente entre as confederações esportivas de Jogos Olímpicos de Verão – menos a CBF, que tem por hábito não aceitar o dinheiro. Entidades ligadas aos Jogos de Inverno e de modalidades que entrarão a partir de Tóquio-2020 receberão 50% disso. Já os outros R$ 47,5 milhões serão repartidos a partir da lista de critérios.

Assim, confederações com histórico recente de pódios, como vôlei e judô, receberão a maior fatia de recursos: R$ 6,2 milhões cada. Em contrapartida, entidades ligadas a softbol/beisebol, escalada, caratê, skate e surfe vão receber R$ 719,69 mil cada.

“Esta gestão trabalha com três palavras-chave: austeridade, para termos otimização de recursos, mérito e transparência”, afirmou o novo presidente do COB, Paulo Wanderley Teixeira, que assumiu após a renúncia de Carlos Arthur Nuzman, de quem era vice.