O Comitê Olímpico do Brasil (COB) confirmou nesta quarta-feira o nome de Lars Grael como vencedor do Troféu Adhemar Ferreira da Silva de 2017. O ex-velejador receberá a honraria no Prêmio Brasil Olímpico, que está marcado para a próxima quarta-feira, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro.

“Fico extremamente emocionado e lisonjeado com a homenagem, porque é a maior honraria do esporte olímpico brasileiro e leva o nome do primeiro grande herói do esporte olímpico brasileiro, a quem tive o prazer de conhecer e ter como amigo”, declarou Lars Grael.

O ex-velejador será o grande homenageado da noite de gala do esporte olímpico brasileiro. O Troféu Adhemar Ferreira da Silva é dado pelo COB anualmente a “grandes nomes que representem os valores positivos do esporte”, conforme explicou a entidade.

“Essa associação com o Adhemar Ferreira da Silva vem desde a minha infância. É uma pessoa que aprendi a respeitar e admirar. Ser homenageado justo em um momento de transição, de mudança do sistema de governança do esporte brasileiro, carrega um simbolismo muito grande”, considerou.

Lars será o segundo nome da vela brasileira a receber o troféu, a exemplo de seu irmão, Torben, homenageado em 2013. Ao longo da carreira, ele conquistou duas medalhas de bronze olímpicas, em Seul-1988 e Atlanta-1996, e dois títulos mundiais, além de ter que superar uma amputação de sua perna direita após um grave acidente sofrido em 1998, em Vitória, no Espírito Santo.

“É um orgulho muito grande representar toda uma quantidade de velejadores, do meu esporte, que deu ao Brasil tantas medalhas olímpicas. Nessas horas, eu paro para pensar nos quatro Jogos Olímpicos que participei como atleta, nas duas medalhas olímpicas que conquistei e nas duas vezes que fui como coordenador técnico da equipe de vela. Esse prêmio representa tudo que venho fazendo em favor do movimento olímpico como um todo. Só tenho a agradecer”, comentou.

Além de Lars e Torben Grael, o Troféu Adhemar Ferreira da Silva já homenageou outros grandes nomes do esporte brasileiro desde 2001, quando foi criado, como Amaury Passos, Maria Lenk, Joaquim Cruz, Eder Jofre, Hortência, Vanderlei Cordeiro de Lima, Bernardinho e Gustavo Kuerten.