A Justiça decretou o bloqueio de bens do PM reformado Ronnie Lessa e do ex-PM Élcio Queiroz, acusados da execução da vereadora Marielle Franco (PSOL). O pedido foi feito pelo Ministério Público depois que um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou um depósito de R$ 100 mil na conta de Lessa em outubro do ano passado, sete meses depois do crime.

O objetivo do pedido de bloqueio, segundo explicou o MP-RJ, é garantir recursos para que as famílias das vítimas possam ser indenizadas por danos morais e materiais. O relatório do Coaf cita ainda bens materiais de Ronnie Lessa, como uma lancha, um veículo blindado avaliado em cerca de R$ 150 mil e uma casa no condomínio Vivendas da Barra, na zona oeste, que seriam incompatíveis com a renda de um PM reformado.

O advogado de Lessa, Fernando Santana, afirmou que não teve acesso às informações do relatório. “Também não falei com ele (Lessa) ainda”, afirmou. “O dinheiro pode ser uma doação, pode ser a venda de algo.”

A previsão é de que Lessa e Queiroz prestem depoimento na tarde desta sexta-feira, 15, na Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca, na zona oeste da Capital. Santana, no entanto, já adiantou que o seu cliente vai ficar em silêncio e só falará em juízo. “Ele já está com a prisão preventiva decretada, por que perder tempo prestando esclarecimentos?”, questionou o advogado. “Ele falará em juízo, futuramente”, completou.


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