São Paulo, 2 – A China ultrapassou a Rússia e tornou-se o maior fornecedor de sulfato de amônio (SAM) e formulações a base de NP (nitrogênio e fósforo) para o Brasil, com 9,76 milhões de toneladas de janeiro a outubro de 2025, segundo dados do boletim Insumos CNA, de novembro, divulgado nesta terça-feira, 2.
Segundo o levantamento, o rápido aumento das importações de fertilizantes chineses em um curto intervalo de tempo resultou em longas filas de navios no Porto de Paranaguá (PR) ao longo do ano, com tempos médios de espera em torno de 60 dias para o desembarque.
“Esse acúmulo criou um significativo gargalo logístico, pressionando a capacidade operacional do porto e elevando os custos e a demurrage”, explica a CNA.
O boletim aponta, ainda, que a Rússia embarcou para o Brasil 9,72 milhões de toneladas no mesmo período e continua como um fornecedor estratégico do insumo.
As entregas de fertilizantes no Brasil, até o mês de agosto, aumentaram 9% no ano. A publicação afirma que o País pode alcançar um novo recorde em 2025, com o Rio Grande do Sul influenciando o resultado em virtude do atraso nas aquisições do Estado.
As relações de troca continuam desfavoráveis entre as culturas agrícolas e fontes de fertilizantes fosfatados, segundo a CNA. Em relação ao mercado, a entidade observou um aumento de preços concentrado no grupo de fungicidas em função dos tratos culturais na cultura da soja.