A hashtag #JustiçaPorMariFerrer ganhou as redes sociais na tarde de terça-feira. Além de personalidades e influenciadores, clubes de futebol também demonstraram apoio à blogueira e ao combate à violência contra a mulher. Isso após detalhes do julgamento que inocentou André de Camargo Aranha, acusado de ter estuprado Mariana Ferrer em uma festa, há cerca de dois anos, terem sido revelados pelo site The Intercept Brasil em um vídeo.

Nele, o advogado do empresário catarinense ataca a blogueira durante a sua argumentação. Além disso, a decisão que absolveu André das acusações parte do princípio que ele não teria como saber se Mariana tinha ou não condições de consentir com a relação sexual e, desta forma, o acusado não teria a intenção de estuprá-la. Essa decisão está sendo chamada de “estupro culposo”.

Dentre todos os clubes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro, apenas três não se manifestaram. É o caso do Santos, do Red Bull Bragantino e do Atlético Goianiense. Ambos possuem atletas em seus elencos que estão envolvidos em polêmicas em relação à pauta da violência contra a mulher.

O clube do litoral paulista recentemente contratou Robinho, condenado em primeira instância, na Itália, por estupro; o Red Bull Bragantino, por sua vez, abriga o atacante Wesley, condenado por agressão contra à mulher, assim como o time goiano, que tem em seu plantel o goleiro Jean, também envolvido em um episódio de violência contra a mulher.

O atacante Yuri, do Atlético Goianiense, no entanto, rompeu o silêncio do clube e decidiu se manifestar por conta própria. Antes da bola rolar pela partida de volta da Copa do Brasil diante do Internacional, o jogador se virou para as câmeras e mostrou um “x”, marcado na palma de sua mão esquerda. “Tenho esposa, sobrinha. É tamanho desrespeito. Acho que cada um podia fazer um pouco mais. Pode até parecer um pouco complicado, mas não podemos ter medo neste país”, disse o jogador, ao término da partida.