SÃO PAULO, 12 FEV (ANSA) – O Clube illy do Café realizou uma live em que especialistas debateram o futuro da agricultura regenerativa e as oportunidades para a cafeicultura. O clube reúne atualmente mais de 600 fornecedores brasileiros da illycaffè e tem o objetivo de propagar a troca de conhecimentos e incentivar a produção de cafés de qualidade.   

O debate foi mediado pelo agrônomo italiano da illycaffè, Luca Turello, e contou com as presenças do chefe-geral da Embrapa Café, Antonio Guerra, do professor e diretor da Universidade do Café Brasil, Samuel Giordano, e do cafeicultor Ricardo Bartholo.   

Conforme Turello, a empresa italiana reforçou seu compromisso de buscar um modelo de negócio em 2019, integrando os interesses das pessoas e do ambiente, e adotou o status de “Empresa Benefit”, além de incluir esse compromisso em seu próprio estatuto.   

Com isso, a illycaffè está fundamentada em sustentabilidade econômica, ao compartilhar o valor gerado e promover crescimento pessoal, sustentabilidade social, ao gerar impacto positivo nas comunidades, além de respeitar o ecossistema através da crescente sustentabilidade ambiental e da difusão da neutralidade de carbono.   

O diretor da Universidade do Café Brasil ressaltou que a agricultura regenerativa “é um “conceito de recuperação, de regeneração da saúde do ambiente como um todo, que depende de eixos fundamentais, como: uso sustentável dos recursos, utilização equilibrada de insumos, manutenção da biodiversidade, além das relações harmoniosas entre os seres humanos, os solos, as plantas e os animais”.   

O cafeicultor Bartholo, que está entre os fornecedores brasileiros da illycaffè no cerrado mineiro, destacou o sucesso do investimento em uma biofábrica instalada em 2019 em sua fazenda, de boas técnicas agrícolas na compostagem e por meio da substituição dos produtos químicos pelos biológicos. Todas essas iniciativas contribuíram para a obtenção do selo orgânico, além de permitir a manutenção do equilíbrio da biodiversidade melhorando o bem-estar e saúde do solo, e mitigando os problemas climáticos.   

Já Guerra aproveitou o debate para revelar a contribuição que o Consórcio Pesquisa do Café tem feito para a cafeicultura regenerativa, através das ações de 46 instituições de pesquisas que visam, entre outras atividades, melhorar a fertilidade das áreas e manter a parte biológica do solo de uma forma que suas áreas possam ser utilizadas por um período muito maior através da boa utilização da biotecnologia. (ANSA).